quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Poema lido numa sala de aula de mestrado em língua portuguesa na puc-sp em 2001 - a pedido do professor e do colega Ponte.

gosto da palavra
sopesada.
gosto da palavra
magra, desnatada.
gosto da palavra
dândi, emasculada.
gosto da palavra
doida, estabanada.
gosto da palavra
livre, avoada.
gosto da palavra
nua, desnudada.
gosto da palavra
ausente, não encontrada.
mas o que eu mais gosto
é da palavra que se diz:
palavra-frase;
palavra-poema;
palavra-estampada;
palavra que se apresenta,
que solta seus grilhões,
suas peias,
suas algemas...

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Quem sou eu

Nascido na cidade de São Paulo em 15 de fevereiro de 1960. Formado em Jornalismo (UMC/1983). Professor titular do ensino médio da disciplina de filosofia. Pós-Graduado, em nível de Especialização, em Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes pelo Instituto de Psicologia (USP /2001). Entre os anos de 1999 a 2005, fez extensão universitária dos instrumentais de grego, latim e alemão, cursando também mestrado (sem concluir) em educação e filosofia. Autor de dois livros na literatura, do Ensaio Paradoxo do Zero (Fundação Biblioteca Nacional/2003) e do conceito filosófico O Princípio da Identidade Negativa. É verbete nos livros O Céu Aberto na Terra, Sobre Caminhantes, A vocação Nacional da UBE: 62 ANOS, Revista de arte e literatura Coyote.