Ontem, andei lendo trechos de Verdade Tropical de Caetano Veloso. É um livro muito gostoso de se ler. Através de suas memórias, Caetano passa praticamente pela cultura hodierna num arrazoado bastante peculiar. Não sei como Caetano compôs o livro, não sei se utilizou de pesquisa ou não; mas nos passa um pouco do ar de sua cultura. No livro, há um ídice onomástico bastante interessante. Ou Caetano é essa pluralidade de cultura, ou possui um fichamento bastante razoável em sua memória, o que não deixa de sofrer também panegíricos. Ele passa pela música, poesia, filosofia, Gil, Gal, Capinam, Zé Celso, Antonio Cicero -- fazendo um comentário auspicioso sobre o seu livro O mundo desde o fim -- que ontem retirei pela undécima vez da minha parca biblioteca para poder comprrendê-lo. Aliás, o livro está no meu twinguinho, e logo mais irei lê-lo de novo. Agora de manhã já li um pequeno trecho. Ontem li sobre a apócrise e tentei fazer algumas anotações. Como eu já havia dito antes aqui nesse blog: o livro faz uso de citações em grego, latim, alemão etc. Eu tenho muita dificuldade em entender aquele jogo apocrítico do AC -- eu tento sempre resumir, deixar a coisa intrincada no osso -- e penso que há um certo gioco sofismático. Não quero ter a pretensão de lhe fazer uma crítica gratuita, mas vou tentar demonstrar aqui nesse blog certas inconsistências -- sobretudo no que concerne à necessidade e universalidade explicitadas. Eu tenho cá para mim, que filosofia pode ser bem simples. Vou novamente postar aqui o que digo sobre O PARADOXO DO ZERO (TEXTO JÁ PUBLICADO ALGUMAS VEZES NESSE BLOG) -- e vocês irão compreender tal qual uma criança. Se puderem, leiam também O MUNDO DESDE O FIM e depois me digam. Aliás, eu quando encaminhei o texto ao Antonio Cicero, ele mui gentilmente respondeu-me que o achava intrigante e original -- todavia lhe pedi que fizesse uma crítica mais profunda, mas ele nem me respondeu. Mas eu não ligo não. Eu só estou citando por citar. No Brasil se presta um grande desserviço à filosofia, literatura em geral, quando se privilegia mais o agente do que a ação -- graças talvez ao narcisismo e/ou orgulho tosco das pessoas. Eu só sei que se você gosta de filosofia -- você não poderá olvidar o que digo sobre aquilo que denomino de O PARADOXO DO ZERO, porque poderá correr o risco de ser taxado de, digamos assim, não de extemporãneo; mas sim de obsoleto. E tenho dito!
De qualquer maneira, vão aí mais uma vez os meus agradecimentos aos que me responderam, incluisve o próprio Antonio Cicero que eu, mesmo assim, admiro. Joguemos, por favor, nossas máscaras fora!
PREZADO ANTONIO CICERO, Espero que tenha recebido o meu e-mail. Mas como nunca sabemos se o e-mail chegou ou não, encaminho-lhe algumas referências que guardo com muito carinho. Não me importam os posicionamentos políticos de cada um, mas sim no que toca a discussão filosófica. Sei que você é extremamente ocupado. Mas espero que os guarde para uma possível consideração. QUE VOCÊ TENHA UM MARAVILHOSO 2009.WILSON LUQUES COSTA
... Wilson, lembro-me de você, do seu inegável talento para a poesia e de sua(sic) especulações acerca de algum paradoxo lógico-matemático -- o que era exatamente, não me lembro mais... Terminei o mestrado na PUC, onde fomos colegas, no ano passado. Considero o Olavo e o Cicero dois pensadores sérios e criativos. Se eles acham o seu trabalho interessante, é porque algum valor deve ter...
Boa sorte! Abraço do Edson Gil Prezado amigo,
Tenho a maior apreciação pelos seus estudos, e gostaria de ajudá-lo no que fosse possível...
Um abraço do
Olavo de Carvalho
Caro Wilson, Embora os meus parcos conhecimentos de matemática não me permitam acompanhar inteiramente os seus argumentos, achei muito intrigantes e originais as suas ponderações sobre o princípio de identidade e o paradoxo do zero. Torço para que você aprofunde e torne cada vez mais claras as suas intuições. Um grande abraço,Antonio Cicero
Com a permissão do grande sábio Wilson Luques Costa. Nunca tive o menor respeito para com intelecuais. Na verdade sempre os desprezei. Minhas discussões com os USPianos que conheci, terminam sempre de maneira abrupta, onde volta e e meia eu os mando enfiar a arrogância deles no cu. Tudo o que eles tanto enaltecem em si próprios na verdade pertencem não a eles. Mas sim a Nietzsche, Kant, Karl... enfim, a pensadores do passado. Todos mortos.Não que eu não goste dos mortos. Pelo contrário.Por muito tempo, eu só conversei de verdade com eles...Os USPianos ainda não se deram conta de que o que eles tanto prezam, pode ser conseguido por um mané como eu pelo custo de 3,00$ de multa na biblioteca municipal de Sto. André. Ou na biblioteca Vegueiro. Cada uma com seu charme.E qual a minha surpresa, quando encontro alguém, com o mesmo desprezo pela universidade quanto eu. E ainda por cima, um filósofo.A mim, ele apresentou o que ele mesmo batizou (!!!) de Paradoxo do Zero. Um sistema lógico que não faz nada além de derrubar toda a matemática de Peano. Só isso.Na verdade, eu incluiria aí também entre os derrubados, Gödel, Russel, Poincaré, Cantor, os Bourbakis... e mais um sem número de matemáticos e lógicos que constroem axiomas e proposições considerando o zero.A quem interessar o pensamento de um livre pensador por excelência, visite o Jardim de Adônis. Não vão se arrepender.ruminado por raffa vedder às 11:31 AM----- Original Message -----
From: Olavo de Carvalho To: wilsonluques@ig.com.br Sent: Saturday, April 05, 2003 7:58 PMSubject: Re: Texto
Prezado amigo,
Acho os seus estudos interessantes e valiosos, mas, no meio da confusão emque me encontro (v. artigo de hoje no Globo), não me aventuro a examiná-loscomo merecem. Aguarde mais um tempo, OK?
Um abraço do Olavo de Carvalho
From: "Olavo de Carvalho" To: "Wilson Luques Costa" Subject: Re: ensaioDate: Sun, 21 Sep 2003 04:48:26 -0300Prezado Wilson,...Você tem mesmo interesse em divulgar mais o seu trabalho? Posso transcrevê-lo na minha homepage, se você quiser....Não tive tempo de redigir os comentários que gostaria de fazer, mas acho que um bom resumo é o seguinte: Os princípios da dedução lógica, em si mesmos, só se aplicam ao domínio das essências puras, no sentido husserliano. Sua aplicação a qualquer domínio em particular (a qualquer "matéria", diria Aristóteles) requer o acréscimo dos princípios específicos desse domínio, com todas as precauções categoriais correspondentes. Ora, a quantidade é um domínio em particular, e portanto as regras da aritmética só equivalem indiretamente e imperfeitamente às da lógica geral. Daí os paradoxos que você tão certeiramente assinala.Um abraço do Olavo de Carvalho
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
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Quem sou eu
- Wilson Luques Costa
- Nascido na cidade de São Paulo em 15 de fevereiro de 1960. Formado em Jornalismo (UMC/1983). Professor titular do ensino médio da disciplina de filosofia. Pós-Graduado, em nível de Especialização, em Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes pelo Instituto de Psicologia (USP /2001). Entre os anos de 1999 a 2005, fez extensão universitária dos instrumentais de grego, latim e alemão, cursando também mestrado (sem concluir) em educação e filosofia. Autor de dois livros na literatura, do Ensaio Paradoxo do Zero (Fundação Biblioteca Nacional/2003) e do conceito filosófico O Princípio da Identidade Negativa. É verbete nos livros O Céu Aberto na Terra, Sobre Caminhantes, A vocação Nacional da UBE: 62 ANOS, Revista de arte e literatura Coyote.
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