terça-feira, 13 de janeiro de 2009

15/05/2008

PEQUENA NOTA SOBRE FICHTE
Vou aqui fazer uma pequena tentativa de diálogo com Fichte. Não tenho o livro em outra língua. Tenho a edição dos Pensadores, e acredito que esteja bem traduzido. Não sei se conseguiria também ler alemão. Acho que não. Nem com um dicionário. Mas vou procurar encontrar o texto. Não vou dizer que comecei a ler o livro em uma forma linear. Não! Li uma pequena introdução. Depois pulei para o que me interessa no momento. Muitos acham Fichte difícil. É difícil para quem não está acostumado com conceitos primários da lógica. Acho até um pouco chato. Há uma diferença entre chato e difícil. Vou direto na página 27 sobre O CONCEITO DA DOUTRINA-DA-CIÊNCIA. Pensei em convidar algumas pessoas para lermos Fichte step by step longe da academia. Mas depois desisti. Fiz uma leitura bem superficial, enquanto assistia à televisão. Antes quero falar que, pelo que me parece, Fichte tenta subsumir a lógica à Doutrina-da-Ciência. Mas vou ler com mais calma e com mais interesse, antes de me aventurar. Por hoje, vou me ater a um recorte da página 27 dos pensadores: ´...A = A é sem dúvida uma proposição logicamente correta e, na medida em que o é, sua significação é a seguinte: se A está posto, então A está posto...´Agora irei saltar para a página 44 dos pensadores;´1) A proposição A é A (tanto quanto A = A , pois essa é a siginificação da cópula lógica) é aceita por todos e aliás, sem a mínima hesitação; é reconhecida como plenamente certa e estipulada. Se porém alguém exigisse uma prova dela, ninguém se aplicaria a uma tal prova, e sim afirmaria que essa proposição é certa, pura e simplesmente, isto é, sem nenhum outro fundamento; e ao fazê-lo, sem dúvida com assentimento geral, está conferindo a si a faculdade de pôr algo pura e simplesmente.´ Faço notar que coloco o Paradoxo do Zero em colisão ao que diz Fichte acima. Noto que se se fizer a ressalva no PI, por conta da insuficiência da aritmética em justificar por que 1 x 0 = 0 --- Fichte estará em xeque em sua argumentação e todo o sistema superveniente fadado ao fracasso. Já fiz aqui também nesse blogue a distinção que penso existir entre A = A e A é A. Por ora não me estenderei mas vejo fissuras alarmantes na sistematização de sua Doutrina-da-Ciência. Como digo: O PZ é um problema em si e tangencia outros sistemas. É, na verdade, como em belo jogo de xadrez. E eu que jamais joguei xadrez nem coloquei um rei ou´ma rainha em aporia.
posted by wilson luques costa @ 3:55 AM
Tuesday, January 23, 2007
ESTUDOS PARTICULARES SOBRE A VONTADE DA CAUSA EFICIENTE

Não quero tomar aqui o sentido estrito de pragmatismo que via de regra é confundido com intencionalidades particulares de interesses, quando não de interesses de grupos também. Sendo verdade, portanto, aquilo que é útil, mas não no sentido geral – mas útil aos esotéricos pragmatistas com seus téloi políticos. Mas queria aqui raciocinar, e não saberia usar uma palavra para substituir a própria palavra pragmatismo, senão pragmatismo mesmo. Então vejamos: será que todo nosso escopo filosófico - e aqui estou falando tão somente da teoria do conhecimento - não teria de per si a vontade de conhecer com uma vontade prática? Uma colher serve para quê? Muitos dirão, talvez, que serve para tomar algum líquido, algum remédio, raspar o tacho de um arroz etc...Ou seja: teria numa relação de respostas numa certa hierarquia culminando até na sua total inutilidade. Mas por que respondemos que a colher serve para essas coisas? Resposta: porque provavelmente tivemos uma relação prática ou de utilidade com ela, como seres cognoscentes do objeto colher. Todavia, se também perguntarmos ao fazedor da colher sobre os téloi da colher, obteremos provavelmente quase que a mesma hierarquia de respostas – obviamente não como arroladas aqui – mas quase numa perfeita conjunção e intersecção entre sujeito, objeto e causa eficiente. Posto que a verdade, nesse sentido, está estabelecida pela sua primeiridade ou ousía primeira. De modo que ter relação de conhecimento com objetos em que a sua causa eficiente está aí para ratificar não seria de todo um problema quanto à obtenção de sua verdade. É mais óbvio ainda que poderíamos nos dispor a elucubrar sobre a colher naquilo que ela tem de especificidade e de sutilezas, sobre a sua forma etc. Mas estaríamos, não obstante ou apesar disso, negando a sua intenção de ser colher. Posto que se trata de uma causa final ou vontade da causa eficiente. Já problemas conceituais e metafísicos como Deus, alma, etc tornar-se-iam um pouco mais difíceis de se resolver. Portanto, dentro desse escopo e dessa lógica, tudo que há, há pela razão da causa suficiente. Mas qual seria a causa eficiente então de Deus? Nesse sentido teríamos, então, que dizer que o problema não só passa pelo sujeito cognoscente nem somente pelo objeto em si, mas pela vontade da causa eficiente de Deus, que nesse caso poderia ser Deus-mesmo e a sua vontade de ser causa, forma, matéria e fim de si mesmo. Posto que quando perguntamos por Deus, como seres cognoscentes, sabemos - mesmo que intuitivamente e seriam nesse sentido vários saberes distintos – por qual Deus perguntamos, senão não perguntaríamos sobre Deus. Ainda, nesse sentido, queremos explanar que o problema deixa de ser um problema dicotômico entre sujeito e objeto, podendo sem dúvida também estar presente em ambos, mas o objeto só terá a verdade em si, e o mesmo ocorrendo com o sujeito, quando tivermos o devido conhecimento da vontade de sua causa eficiente. Ou seja, para resumir, a verdade está na vontade da causa eficiente, podendo estar no objeto e no sujeito também. Já no caso do primeiro motor de Aristóteles, eu diria que a vontade se encerra em si mesma. Mas a pergunta ainda é: se todos tivéssemos um dia o pleno e verdadeiro conhecimento de Deus, será que nesse mesmo dia não O utilizaríamos para as nossas não menos particulares verdades? A verdade que queremos conhecer para melhor usá-la e dela nos atribuirmos? Se, ainda, porém, não temos a verdade primordial, assim vivendo vamos com as nossas particularidades de verdades. Sendo o nosso propósito uma segunda causa eficiente de uma primeira vontade ainda desconhecida. Mas não é por isso que eu chamaria isso de pragmatismo, mas de solução particular e momentânea de um problema, não menos ainda que particular. E sabendo-nos sabedores da verdade-primeira da causa eficiente, quem nos garantiria, também, que não a usaríamos em nossas particulares e secundárias intenções, só para o mero pretexto de nos ajudar a nos justificar em nossos particulares intentos?

WILSON LUQUES COSTA
Sem revisão final.
SÃO PAULO, 31 DE JULHO DE 2007.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

30/11/2007
NO JORNAL O MOSSOROENSE
Literatura e arte com inventividade gráfico-editorial
Algumas revistas especializadas de cultura conseguem trilhar um caminho tão ‘independente’ no mercado editorial brasileiro que mais parecem ter vida própria. A revista “Coyote de Literatura e Arte” é uma delas. Chegando ao seu oitavo número e com periodicidade trimestral, a revista mantém neste número suas principais qualidades: a inventividade gráfico-editorial. Por este motivo ela tornou-se marca registrada no Brasil e países da América Latina.
Nesta edição, “Coyote” (ed. Iluminuras, 56 pág. R$ 10,00) apresenta para o público brasileiro a obra de Cecília Vicuña, poeta e artista plástica chilena radicada em Nova York — em dossiê com entrevista, fotos e poemas traduzidos —, e poemas inéditos em português do egípcio Edmond Jabès (em tradução de Caio Meira) e do coreano Yi Sang (traduzidos por Yun Jung In). Os três autores, de épocas e continentes diferentes, apresentam poéticas radicais e surpreendentes.
O número traz também uma mini-antologia com o poeta londrinense Carlos Eduardo Zago, morto precocemente no ano passado, deixando um conjunto de poemas dilacerados e intensos, a poesia não menos intensa do carioca Rodrigo Leão e do paulistano Marcelo Tápia, a prosa inconformista de Furio Lonza, Márcia Denser e Wilson Luques Costa e a escrita desconcertante de Sérgio Medeiros, na fronteira da prosa, da poesia e do teatro.
Há ainda as investigações teóricas, extremamente provocantes, do mexicano Heriberto Yépez, traduzidas do blog que mantém na Internet as belíssimas imagens do fotógrafo londrinense Walter Ney e trabalho visual de Sergio Monteiro.
16/01/2008
MODELO TEÓRICO SOBRE OS NÊUTRONS
Todos que de uma certa forma me acompanham sabem que eu, até duas semanas atrás, era um ignorante em química, aliás, continuo com a mesma ignorância, não obstante a química, aos meus olhos, bela e charmosa. E não é à toa que os grandes Nobel vêm dessa área. E eu quando estou aprendendo sou aquele chato. Em suma: sou chato quando estou aprendendo, e sou mais chato ainda quando domino o assunto. Evidentemente, porque pergunto e pergunto... E quem quer um chato desse ao seu lado... Então a melhor idéia é afastar-se de mim. Sobretudo aquele que não quer ter um ´espalha-roda´ao seu lado. E é por isso, talvez, que eu tenha perdido já dois mestrados. Digam-me, por favor: ´quem agüenta um bobo como este? E na Universidade é assim: ´saibam, meus queridos alunos, que a terra é o centro do universo...` E ai daquele que contestar: fogueira virtual para os nossos dias... Ou seja: estará totalmente queimado. Por isso, aquela gíria no ambiente de trabalho ou na Universidade:´meu, cê viu o cara, ele tá queimado lá com os caras... ´Decerto, uma herança da caça às bruxas de antanho...´ Mas depois desse intróito meio de esguelha, aliás,sumiu-me a palavra sinônima,- não, não é estorvado, é outra, mas vamos lá...-; bem eu estava dizendo sobre a química, e o que eu acho legal é quando também pensamos algo que algum gênio, felizmente para a ciência, e infelizmente para nós, já pensou. E isso demonstra também que estávamos no caminho certo. Estou falando isso, porque eu andei encaminhando uns e-mails para algumas pessoas sobre alguns pensamentos meus, e, evidentemente, não me respondem; ou por acharem uma tolice, ou qualquer outra coisa. Por exemplo: eu tenho pensado um modelo teórico sobre o átomo -- e esse modelo assemelha-se ao que Fermi havia desenvolvido - e o pior é que eu não sabia sobre o pensamento dele; outra coisa: eu penso que a irrradiação se dá pelo desequilíbrio entre prótons e nêutrons-- e não é que é verdade para mim, e não novidade para quem estuda química; mas o problema é que eu advogo um modelo no qual contempla - para aquilo que chamamos de nêutron, um equilíbrio entre prótons e elétrons no interior dos núcleos-, muito diferente do que as pessoas supõem sobre mésons, quarks e outras coisas. O que eu defendo, portanto, é que os nêutrons nada mais são do que o equilíbrio entre elétrons e prótons. Ou seja: no interior do núcleo de um átomo há elétrons, provavelmente migrados por conta de uma força qualquer centrípeta.
Ontem, estive na Fnac - Paulista e depois na Livraria Cultura. Lá na Livraria Cultura, tive o prazer de reencontrar o Gabriel Perissé, pessoa assaz gentil. Eu que cheguei até ele. Conversamos um bocado. Tive o prazer de receber de suas mãos um livro sobre Filosofia da Educação e um revista da FAAP ambos com a sua dedicatória. Livro que ficará bem guardado na minha estante. Evidentemente que o devorarei antes. Conversamos um pouco também sobre a nossa educação brasileira. Logo depois, encontrei com o Júlio, colega de grego no mosteiro de são Bento, que tem seguido com afinco no idioma do estagirita. Disse-me que está no mestrado da usp e com um curso paralelo na puc-sp. Conversamos sobre os nossos tempos de mosteiro de são bento, no curso de grego do professor Guilherme. Eu lhe disse que dei uma parada. Na verdade, não é parada, é um tipo de afastamento que me concedo. Mas eu não paro nunca. Gosto de evoluir lentamente. O meu negócio é caminhar e não chegar. Porque chegar cansa. O meu problema é que misturo tudo. Eu não gosto de monotema. Eu sempre me interessei por tudo. E não pensem vocês que isso seja maléfico. Claro que não. Por exemplo: ontem conversei sobre educação, literatura, grego, hebraico, latim, futebol, novela, e ainda, por cima, fiz, sem maiores esforços, o meu jogging pela paulista -- e depois em casa, ainda, estudei um pouco do vav consecutivo.
O RECRUDESCIMENTO DE UMA NOVA GUERRA FRIA (QUENTE)
שָׁלוֹם
Se é um assunto de que não gosto de falar: é guerra. E parece-me que ninguém dos nossos coetâneos gosta também; e eu não saberia dizer o seu conceito mais apropriado. Mas mais uma vez o poço ferve na faixa de gaza. E de um lado a coisa está mais difícil que o outro. O problema é que cada lado acha que tem razão. E as razões são inúmeras. E as justificativas são invariavelmente irracionais para a guerra. Eu não gostaria de ver crianças morrendo de ambos os lados; nem homens, mulheres, adultos, idosas e idosos. Mas vejo que se a coisa continuar assim, a tendência é o seu agravamento e a inevitável polarização e demarcação de fronteiras. Isso significa dizer que o mundo tende a se bipartir novamente. Isso significa dizer que as coisas tendem a se aguçar. A faixa de gaza é apenas o epicentro de um epifenômeno perigoso que poderá advir. A meu aver, antes de ser uma guerra quente, trata-se, na verdade, da reinstauração de uma nova guerra fria -- que inevitavelmente irá ferver novamente e num caldeirão muito mais perigoso e universal -- se não tomarmos imediatamente os devidos cuidados. Por isso, mundus, cave! Que caia sobre nós, sem mais nenhuma procrastinação, a devida pax!
O conceito de Crítica de Arte no Romantismo Alemão
Dias atrás, eu pus na mochila e depois o tirei dela, o livro de Walter Benjamin: O conceito de Crítica de Arte no Romantismo Alemão. Vou ser sincero com vocês: não passei do primeiro capítulo. Pelo que percebi, WB envereda pelas obscuras sendas de eu e não-eu de Fichte para fundamentar coisas ligadas à literatura mais na frente. Mas eu pergunto se o prórpio WB entendia o que ele escrevia ali naquele livro; e o próprio Fichte é enrolado para desenvolver a sua teoria. É uma miscelânea chata e paralógica. Gosto do WB -- mas acho que ele ali forçou a barra. Isso porque o livro é traduzido para o nosso grandioso português; imaginem se lermos em alemão então. Eu, a meu modo, fundamentei aquilo que denomino de não-eu de um modo singelo, como deve ser toda filosofia: se a = a então a - a = 0 então -a = -a (que denominei também de princípio da identidade negativa). Com efeito, se Fichte e WB fossem coetâneos meus, desculpe-me por grafá-la novamente - as suas filosofias não seriam tão enroladas assim. Quando não se pode dizer, deve-se calar - assim dizia - novamente - o nosso velho Wittgenstein

domingo, 11 de janeiro de 2009

Tuesday, October 24, 2006

Com a permissão da poeta Maria Alba
Em 1 Feb 2004, maria alba escreveu:
Ao poeta Wilson
Achei excelente, muito boa mesmo a sua apresentação no Jornal Separata. Parabéns.Eu não conheço a sua obra, somente alguns poemas que você tem declamado aqui e acolá quando ocasionalmente nos encontramos. Os mini contos me surpreenderam. Estão ótmos e, até a sua foto está bem original.
Parabéns
Beijos
Maria de Lourdes Alba
Wednesday, October 11, 2006

Considerações acerca dos chamados Princípios da Identidade
É comum, para os que se interessam por filosofia, ouvir muito falar do Princípio da Identidade. E esse princípio dá estofo , ou melhor, acaba permeando outras áreas também, que não são também do campo filosófico. Por exemplo: política, psicologia e outros rebentos. Mesmo no campo filosófico, que mais me parece um emaranhado de conceitos , o cipoal é mui difícil, e chega um pouco a nos confundir. Por exemplo: é comum chamar de A = A de Princípio da Identidade. Não é menos comum também se atribuir a A é A de outro Princípio da Identidade, o mesmo ocorrendo para A implica A. Nota-se que se costuma chamar a todos aqueles de Princípio de Identidade. Por isso, agora, pretendo estabelecer algumas distinções entre tais PIs. Para A = A chamo de PI não universal, porque diante do PZ teria que se fazer uma ressalva para o zero. Assim: A = A diferente de zero - perdendo, portanto, o seu status de universalidade. Para A é A considero não um PI, mas para ´A- predicado´ de categorial. Isso já perpassa um pouco a lógica. Já escrevi sobre isso. Um é A nominativo (sujeito), o outro é A categorial - predicado. Portanto não há identidade, mas sim identificação. Já para o outro A implica A , PI tautológico ou analítico, posto que nada acrescenta ao próprio A. São estudos e considerações, por isso posso atirar a minha pedra numa janela possivelmente indevassável...
Saturday, October 07, 2006

Estudo - o axioma zero
Pode-se tentar aceitar e advogar que - quando multiplicamos por zero e o produto seja zero- se trata de uma axioma? Desse modo solucionamos os cálculos que já vêm sendo solucionados. Isso seria uma forma de não prosseguir numa investigação científica mais acurada. Isso nos salva de uma certa maneira. Haja vista as possibilidades de aberturas na lógica e nas próprias ciências. Seria como dar um certo fôlego à metafísica e a outros xamanismos. Se está dando certo, por que mudar? Cambiar? No mosteiro de São Bento, na quarta-feira passada, já ouvi falar de Bachelard. Hoje mesmo circulando rapidamente por algumas livrarias vi inúmeros livros de Bachelard, que confesso não conhecer, somente muito de oitiva. Bachelard parece-me que advoga esse tipo de ephoke - ou algo similar. Mas voltando ao meu assunto que rabisquei num bar da Augusta. Poderemos aceitar o Axioma Zero? E tudo como está? Nada se alterando? Poderemos, como já vim rabiscando em alguns cadernos e folhas soltas, pensar numa possibilidade de indeterminaçâo para o produto 1 x 0 = (?) ...? - onde (?) = x. Ou ainda uma não possível aplicação: (1 x 0) não se aplica? Para o caso de 1 x0 = x teremos por exemplo para um caso como: 5 + 1 x 0 a seguinte possiblidade algébrica: 1 x 0 = x se e somente se x = -5.
Tuesday, October 31, 2006

Estudos - Diálogos de um ignaro com a dedução natural
Sei que é extremamente difícil abordar certos aspectos lógicos. E se deixar, depois de um tempo, até eu tenho dificuldade de compreender o que eu mesmo digo. Por isso esse precário registro. São assomações deambulares. Em sentido aulas de filosofia. Algo meio peri-patético. Mais patético do que perí. Vou tomar como modelo a seguinte exposição aritmética:2 x 3 = 6Assim sendo posso denominar para 2 = A para 3 = B e para C (produto) = 6Ou seja, A x B = CPosso ainda chamar A x B = C de alphaAgora vou para o CTRQuando alpha e não-alpha, logo béthaExemplo para o PZ (Paradoxo do Zero)Quando aplicamos 1 x 0 = 0 temospara 1 = Apara 0 = Bpara 0 (produto) = BOu esse zero produto teria uma outra imagem de zero?Portanto temos A x B = B ou diante do apresentado não-alpha.Seria um zero analítico?Portanto, CONTRADIÇÃO DENTRO DA DEDUÇÃO NATURAL DA LÓGICA. São estudos apenas. Depois falarei sobre o Silogismo Hipotético, Modus Ponens, Modus Tollens etc. Mas sempre como referencial o meu PZ.
Tuesday, October 17, 2006

‘A essência do filósofo se manifesta e se atua não na dimensão da escritura, mas na da oralidade.PlatãoHypomnemataDenomino de Paradoxo do Zero a contradição que se estabelece quando da aplicação da seguinte fórmula: a x b = c e sendo a sua verdade c : b = aÉ notório que quando aplicamos essa fórmula, incidimos numa contradição aritmética:Ex: 1 x 0 = 0 e só sendo verdade se 0 : 0 = 1Quando perguntamos ao senso comum:quanto é 1 x 0 ?a resposta é : 0Portanto, temos uma contradição ou um erro na matemática.Outro aspecto: se não se pode dividir por zero, por que não efetivar uma ressalva no Princípio da Identidade como: A = A , mas diferente de zero ;Ex: se tomarmos zero para A, teremos o seguinte:para A = O , logo 0 = 0 ou 0 : 0 = 1Nesse caso o princípio da identidade não caberia para o 0 (zero);Fichte em xeque.Obs: Andei encaminhando e-mails para revistas, jornais etc; andei também conversando e demonstrando esse meu estudo para doutores, mestrandos, doutorandos, pessoas simples da cidade, colegas do curso de grego etc.Conclusões da recepção de meus estudos:1 – Ausência de resposta dos e-mails.2 – Conversa com um escritor brasileiro: fui chamado de gênio.3 – Resposta de um filósofo brasileiro (via e-mail): admiração pelos meus estudos.4 – Projeto para a PUC-SP - (projeto ignorado).5 – Resposta de um doutor da PUC-SP (colega): chamou-me de verdadeiro filósofo.6 – Outros:6.1 - Louco;6.2 - Chato;6.3 - Metido;6.4 - Coitado;6.5 – Curioso;6.6 - Desistir e se importar com coisas de maior valor. 6.7 – Não entendem de filosofia ou entendem pouco, dentre os quais estudantes de filosofia ou intelectuais.São Paulo/05.07.2005.wilson luques costaTODOS OS DIREITOS PARA WILSON LUQUES COSTA.
Sunday, August 13, 2006

GARRAFAS JOGADAS AO MAR
Ontem recebi uma notícia, que, para alguns, poderia ser banal. O que seria tudo isso diante de prêmios internacionais? Mas me deu uma das maiores alegrias dos últimos dias. Recebi um telefonema na caixa postal do meu celular, que nunca toca. Ganhei da Raquel para a minha corretorinha da época. Mas me serve mais como relógio. Cronômetro. Mas de vez em quando chama. Ou é a Raquel. Ou o Geraldo que é meu amigo desde a infância, psiquiatra, músico de primeira, não falo mais porque não gosta - ou um e outro. Mas ontem estranhei o número e liguei. Era o Eduardo. Primeiro pensei quer fosse o cordelista metropolitano, aliás, garoto que vai chegar longe - porque tem poesia na veia e uma das coisas que acho magnífica: força de vontade. Deixo em certos momentos transparecer pelo meu olhar que não concordaria de jeito nenhum se pretendesse fama e louros. Mas vejo que segue os mais experientes e, lógico, não sou eu. Há uns caras bons que ele convive e conviveu. Belchior, e pelo que sei, leitor voraz. Théo não sei o quê - compositor. E outros. Mas não era esse Eduardo. Era para a minha grata satisfação o Eduardo Coelho Morgado Rezende. E para quem não o conhece, uma dica: estará lançando um outro livro, que já está disponível na Livraria Cultura. E ainda para quem não sabe: ele é um dos maiores e será, na certa, o maior especialista em necrópoles no Brasil. O cara sabe tudo sobre Vila Formosa. Geógrafo formado na USP, e colega de papo com o Jocenir - mais ou menos em 2002, na Barão de Itapetininga. Mas não é que um conto meu está lá no livro. Com índice remissivo e tudo mais. E tem mais: sei que um grande colégio, onde leciona, um colégio muito tradicional, no parque dom Pedro, fez provas fundamentadas em meus contos. Meu, me fale se isso não é um Nobel ou um Jabuti? Me fale, por favor! Em face das aulas de filosofia, que leciono no estado - provavelmente não estarei lá na Ícone, na quarta-feira. Mas estarei na Cultura para comprar esse livro para a minha galeria. Sou caxias e não falto na escola. Mas estou tentando mudar o meu horário, e se der, estarei lá prestigiando esse meu grande camarada dos Arrabaldes da vida - conhecedor da nossa única e definitiva morada... Salve tanatós... mas longe de mim... Xô, galinha...
MISSIVAS - COM A PERMISSÃO DO GRANDE PERISSÉ
É ISSO QUE NOS ALEGRA EM VIDA.
Meu amigo Wilson, tudo bem? Estou criando uma revista virtual lítero-filosófica. Veja: http://www.perisse.com.br/Revista-ambito-editorial-1.html Terá ISSN. Será bem divulgada, espero. Queria pedir autorização para publicar poemas/minicontos seus, posso? Seria uma alegria. Um abraço! Gabriel Perissé _________________ http://www.perisse.com.br/
Monday, November 06, 2006

Vale a pena não ler de novo29/07/2006 16:49
Ontem tive o prazer de receber uma homenagem do Clube Caiubi. Poxa, que coisa legal e emocionante. Nunca pensei em receber uma homenagem dessas.Mas o Vlado e o Clube devem ter os seus motivos. Faço os meus textos por uma necessidade intrínseca. Mas receber um reconhecimento é sempre legal. Já fui bastante boêmio, mas estou mais caseiro. Sou librorum. De ficar em casa. Não tenho uma missão para pop. Mas só o fato de saber que Sampa está sempre pulsando é demais. Vi o grupo Percepton, que vai dar muito o que falar. Álvaro Cueva que me impressionou deveras. Deveras mesmo. Ayrton Mugnaini, ex-integrante do Língua de Trapo, que chegou na hora a musicar um pequeno texto meu e me chamar de parceiro. A alegria inconteste e chacrinianaunderground do Vlado, que é um cara muito, muito legal mesmo. Até um Schopenhauriano riria com Vlado. Poder abraçar um colega que, vamos falar a verdade, nunca falhou comigo, e que quero ainda ter uma parceria, já deixei umas letras com ele, mas por enquanto está lá de molho, uma que fala do samba de Sampa, que aqui não é o túmulo do samba - e esse compositor é nada mais, nada menos, que Waldir Fonseca, ou Valdir da Fosneca - é que ele é camaleônico. Mas não dá para entender esse total anonimato, pois tem músicas gravadas com Eduardo Gudin, Rosa Maria, Heitorzinho dos Prazeres (o seu grande parceiro) - Leny Andrade, Anna de Holanda, Beth Carvalho, ( Paro por aqui?)... Estive com a Raquel - que depois de nosso casamento, vai atuar como atriz - aliás a sua colega Ju está no Ruth Escobar - mas ela está só esperando e quero dirigi-la num Granizos dos Deuses de tirar o chapéu. Recebi, também, a companhia da Colega Ieda Estergilda. Discursei , só para contrariar o ambiente (unde), numa provocação minha, muito particular, com umas citações em latim e um grego chinfrim-tupiniquim. Por que só na ABL ? O Caiubi merece. Vi também um poeta da periferia, sabe daqueles caras que saem falando por aí...(aedo grego) fazendo uma bricolagem oralis muito...muito.. valde...demais...interessante... Vi os presentes lendo os meus textos. Causando-me uma estranheza. Mas como disse uma colega escritora que estava por lá: ´Wilson, isso já não mais te pertence... E ela tem razão... Depois encerrei a belíssima sexta-feira... E, mano, se você não tiver tutano depois de certas apresentações, o bicho pega... Depois de Percepton, o aedo oralis, Cueva... (sinceramente o cara tem uma sofisticação de Francis Hime)... É para poucos... Falei então (oún): estão conspirando contra mim... Falei: Vlado,não faz isso comigo... Mas acho que dei o meu recado... Dormi lá pela Augusta e ainda dei o meu giro pela manhã... Passei pela Ícone e fucei Variedades de Valèry, e só não levei porque 44,00 pratas estava já um pouco demais para o meu bolso, mas é livro lido e catalogado no meu índex -- e agora é só ressaca de coca-cola light -- das duas que tomei... Mas é isso aí... Estamos plantando mísseis culturais no coração da cidade... O meu muito obrigado a todos... E alea jacta est... Se tudo dependesse de mim, eu juro que eu jogaria flores no coração do Líbano... Tenham a minha certeza: seriam Pulcrae Rosae non Hiroshimae... E tenho dito...
01/11/2005
guerra civil ou guerra entre civis
Ouço muito falar que estamos numa guerra civil. Isso se dá mais
por uma falta de análise dos conceitos. Eu, a meu modo, julgo
que vivemos uma pequena (quiçá) guerra entre civis, do que
propriamente uma guerra civil. Se eu fosse um desses filósofos,
que andam fazendo palestras por aí, eu diria que se trata mesmo
daquilo que se denomina de senso comum da nação. Antes de serem
conceitos que se cruzam e que se interligam, esses dois conceitos
são antes antípodas do que qualquer outra coisa. A saber:

# se estivéssemos numa guerra civil, os nossos cidadãos não
estariam se automutilando uns aos outros pelas ruas da pólis;

# haveria uma maior organização e conscientização dos cidadãos,
ou o que poderíamos chamar de uma iluminação da caverna platônica;

# o alvo em si não seria o concidadão, mas sim o estado;

# o estado sabe que enquanto houver guerra entre civis,
não haverá em hipótese alguma uma guerra civil;

# ou seja: a guerra entre civis torna-se um anteparo de
um estado inepto, inapto e impotente -- mas que se quer
perene no poder;

# guerra civil implica organização dos cidadãos (bonus sensus);

# guerra entre civis (comunis sensus);

# na guerra civil cai o estado;

# na guerra entre civis caem os cidadãos;

# na guerra entre civis -- interesse por bens do sistema capitalista;

# na guerra civil -- valorizam-se o cidadão, a ética e um certo tipo de moral;

# na guerra entre civis -- livre mercado e livre concorrência;

# na guerra entre civis -- controle de preços;

# na guerra civil valoriza-se o todo;

# na guerra entre civis valoriza-se a individualidade;

Agora não me pergunte se sou favorável a um ou outro,
porque eu apenas com grande equilíbrio eu lhe reponderia
que o meu únco dever é, como sugeria o mestre Platão,
iluminar a vasta escuridão da tua caverna... et légomai...
# obs: toma a palavra guerra não no seu conceito mais universal.
PARTICIPAÇÕES
REVISTA COYOTE
Acaba de ser lançado o oitavo número da Revista Coyote, uma publicação sobre literatura e arte que tem como principal característica a ousadia e inventividade. Editada pelos escritores londrinenses Marcos Losnak, Ademir Assunção e Rodrigo Garcia Lopes, a Coyote ainda conta com o criativo projeto gráfico de Joca Renners Terron e Marcos Losnak.Nesta edição, COYOTE apresenta ao público brasileiro a obra de Cecília Vicuña, poeta e artista plástica chilena radicada em Nova York - em dossiê com entrevista, fotos e poemas traduzidos -, e poemas inéditos em português do egípcio Edmond Jabès (em tradução de Caio Meira) e do coreano Yi Sang (traduzidos por Yun Jung In).O número traz também uma mini-antologia com o poeta londrinense Carlos Eduardo Zago, a poesia do carioca Rodrigo Leão e do paulistano Marcelo Tápia, a prosa inconformista de Furio Lonza, Márcia Denser e Wilson Luques Costa e a escrita desconcertante de Sérgio Medeiros, na fronteira da prosa, da poesia e do teatro.Há ainda as investigações teóricas, extremamente provocantes, do mexicano Heriberto Yépez, traduzidas do blog que mantém na internet, as belíssimas imagens do fotógrafo londrinense Walter Ney, e trabalho visual de Sergio Monteiro. Não perca!
PARTICIPAÇÕES
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Poetas invadem a praça
PublishNews - 23/1/2004
Por ocasião dos 450º aniversário da cidade de São Paulo, o projeto O Autor na Praça terá a participação de José Venâncio de Resende, autografando Baronesa de Arary - nobres, pobres, artistas, oportunistas... (Scortecci, 284 pp., R$ 25), e dos poetas Beatriz Helena Ramos Amaral, Betty Vidigal, Carlos Soulier Do Amaral, Cláudio Feldman, Donizete Galvão, Eunice Arruda, Hamilton Faria, Ieda Estergilda de Abreu, Izacyl Ferreira Guimarães, Valdyce Ribeiro e Wilson Luques Costa, em tarde de leituras, autógrafos e textos de Paulo Bonfim, Luís Avelima, Lúcia Ribeiro, Pagú (Patrícia Galvão), Cassiano Ricardo e outros poetas que cantaram a cidade. O evento acontece no dia 24 de janeiro, às 15h, no Espaço Plínio Marcos da Feira de Artes da Praça Benedito Calixto, em Pinheiros.
13/09/2005 PARTICIPAÇÕES COMO PALESTRANTE / UNICENTRO BELAS ARTES DE SÃO PAULO - 17 DE ABRIL DE 2004 Fórum
Educação, Competências e Valores

Manhã
07:30 - Recepção de estudantes e convidados
08:00 - Violino – Murilo Cruz
08:15 - Abertura Oficial do Evento
08:35 - Prof. Ms. José Camelo Ponte
Tema: O Evento
08:40 - Prof. Dr. Ênio José da Costa Brito – PUC/SP
Tema: O DNA da Alma Brasileira
09:20 - Profa. Dra. Ivani Fazenda – PUC/SP
Tema: Questões Fundamentais da Interdisciplinariedade
10:00 - Profa. Dra. Ecleide Cunico Furlanetto – PUC/SP
Tema: Como Nasce um Professor
10:15 - Comunicações
Profa. Ms. Leila Rabello de Oliveira – PUC/Campinas
10:25 - Depoimento
Daisy Fonseca Rebelo – Jornalista e Ex-aluna do Unicentro Belas Artes
10:30 - Coffee Break – Violino – Murilo Cruz
10:45 - Prof. Dr. José Dias Sobrinho - UNICAMP/SP
Tema: Avaliação: Políticas Educacionais e Reformas da Educação
11:30 - Prof. Dr. Antonio Joaquim Severino – USP
Tema: O Papel da Pesquisa na Formação do Professor
12:10 - Encerramento – Profa. Ms. Maria Aparecida Alcântara
Almoço
Tarde
13:35 - Violino – Murilo Cruz
13:40 - Abertura e Composição da Mesa
13:45 - Prof. Dr. Luiz Antonio Ferreira – USP
Tema: Oralidade e Escrita – Um Diálogo pelo Tempo
14:15 - Profa. Ms. Mônica de Almeida – PUC/SP
Tema: A Afirmação do Sujeito no Mundo
14:30 - Prof. Doutorando Francis Nunes Pereira – PUC/SP e Scelisul
Tema: Modelos Cognitivos Globais: uma Amostragem
14:45 - Prof. Doutorando Julio Neves Pereira – UMC/SP e Unicastelo/SP
Tema: Estratégias Discursivas Aplicadas ao Texto de Auto-Ajuda
15:00 - Coffee Break
15:15 - Comunicações
D. A. Willy Hoppe / D. A. Design
Tema: Projeto Trote Cidadão
15:25 - Prof. Dr. Jair Militão – USP
Tema: Como Fazer um Trabalho Comunitário
16:10 - Wilson Luques Costa – PUC/SP e Unisal/SP
Tema: Contos de Arrabalde e o Paradoxo do Zero
16:25 - Joel Câmara – Artista Plástico e Escritor
Tema: Leitura & Escrita a partir de Os Sertões de Euclides da Cunha: Uma Visão Biopsicoética
16:40 - Prof. Dr. Francisco Aparecido Cordão – CEE/SP
Tema: Os Desafios da Educação Profissional
17:40 - Encerramento – Profa. Ms. Maria Aparecida Alcantara
13/09/2005 PARTICIPAÇÕES COMO PALESTRANTE / UNICENTRO BELAS ARTES DE SÃO PAULO - 17 DE ABRIL DE 2004 Fórum
Educação, Competências e Valores

Manhã
07:30 - Recepção de estudantes e convidados
08:00 - Violino – Murilo Cruz
08:15 - Abertura Oficial do Evento
08:35 - Prof. Ms. José Camelo Ponte
Tema: O Evento
08:40 - Prof. Dr. Ênio José da Costa Brito – PUC/SP
Tema: O DNA da Alma Brasileira
09:20 - Profa. Dra. Ivani Fazenda – PUC/SP
Tema: Questões Fundamentais da Interdisciplinariedade
10:00 - Profa. Dra. Ecleide Cunico Furlanetto – PUC/SP
Tema: Como Nasce um Professor
10:15 - Comunicações
Profa. Ms. Leila Rabello de Oliveira – PUC/Campinas
10:25 - Depoimento
Daisy Fonseca Rebelo – Jornalista e Ex-aluna do Unicentro Belas Artes
10:30 - Coffee Break – Violino – Murilo Cruz
10:45 - Prof. Dr. José Dias Sobrinho - UNICAMP/SP
Tema: Avaliação: Políticas Educacionais e Reformas da Educação
11:30 - Prof. Dr. Antonio Joaquim Severino – USP
Tema: O Papel da Pesquisa na Formação do Professor
12:10 - Encerramento – Profa. Ms. Maria Aparecida Alcântara
Almoço
Tarde
13:35 - Violino – Murilo Cruz
13:40 - Abertura e Composição da Mesa
13:45 - Prof. Dr. Luiz Antonio Ferreira – USP
Tema: Oralidade e Escrita – Um Diálogo pelo Tempo
14:15 - Profa. Ms. Mônica de Almeida – PUC/SP
Tema: A Afirmação do Sujeito no Mundo
14:30 - Prof. Doutorando Francis Nunes Pereira – PUC/SP e Scelisul
Tema: Modelos Cognitivos Globais: uma Amostragem
14:45 - Prof. Doutorando Julio Neves Pereira – UMC/SP e Unicastelo/SP
Tema: Estratégias Discursivas Aplicadas ao Texto de Auto-Ajuda
15:00 - Coffee Break
15:15 - Comunicações
D. A. Willy Hoppe / D. A. Design
Tema: Projeto Trote Cidadão
15:25 - Prof. Dr. Jair Militão – USP
Tema: Como Fazer um Trabalho Comunitário
16:10 - Wilson Luques Costa – PUC/SP e Unisal/SP
Tema: Contos de Arrabalde e o Paradoxo do Zero
16:25 - Joel Câmara – Artista Plástico e Escritor
Tema: Leitura & Escrita a partir de Os Sertões de Euclides da Cunha: Uma Visão Biopsicoética
16:40 - Prof. Dr. Francisco Aparecido Cordão – CEE/SP
Tema: Os Desafios da Educação Profissional
17:40 - Encerramento – Profa. Ms. Maria Aparecida Alcantara
FILOSOFIA / ESTUDOS
O Princípio da Identidade diz que A = A e não faz ressalvas se diferente de zero. A matemática por não dar conta da divisão pelo zero, determinou ou fixou uma lei proibitiva, ou se conforma em informar que 1 x 0 = 0. Entretanto, essa lei me parece mais um arbítrio ante um impasse, do que uma lei fundamentada em deduções lógicas. A lei nesse sentido sendo mais uma exceção por impossibilidade; sendo menos uma lei matemática, do que uma lei dos matemáticos. Algo análogo ao direito, quando uma lei menor opõe-se a uma lei maior. Há que se fazer então a devida ressalva no Princípio da Identidade: A = A # 0; o que de certo modo implicaria em mudanças substanciais; por exemplo: no Sistema Fichteano e mesmo no secular Princípio da Identidade já aludido, sem falar na própria matemática.
Acerca da greve
Instrumento de mensuração do Sistema Capitalista. Um grevista nos moldes atuais, jamais será um transformador radical da estrutura capitalista. Quem pensa de forma diferente, ilude-se. Um grevista, embora possa ter, em seu íntimo, dissenssões com o seu patrão; não tem, por outro lado, dissenssões com o Sistema Capitalista, onde está inserido. O grevista, quando em estado de greve, está, na verdade, num estado de propugnação de realinhamento de preço de sua mercadoria, que é a sua força de trabalho. Por isso, portanto, que vemos o capitalismo em sua maior essência (ousía), quando vemos um grevista em luta. A greve é, portanto, o Fayol e o Taylor de uma pós-modernidade obsoleta e decadente e se torna a cada dia uma insuficiente comensuradora de meros serviços.
DESCARTES
CONJUNTO VERDADE DE DESCARTES {(C) CLAREZA; (D) DISTINÇÃO}
CONJUNTO DO PENSO, LOGO EXISTO (PLE) - {(C) CLAREZA}
LOGO:FALTA DISTINÇÃO.
# Não trato nessa redução matemática sobre os aspectos conceituais de Clareza e Distinção.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Alguns problemas colocados.

O princípio da contradição ou não-contradição é um princípio ‘sine qua non’ dos juízos sintéticos a priori. Kant, na Crítica da Razão Pura, define os juízos sintéticos a priori como: ‘não os que ocorrem de modo independente desta ou daquela experiência, mas absolutamente independente de toda a experiência.’ Mas não pretendo, em absoluto, falar de experiência. Kant vai além: ‘em primeiro lugar, portanto, se se encontra uma proposição pensada ao mesmo tempo com sua necessidade, então ela é um juízo a priori.’ Para os mais afoitos ou leigos, essa frase poderia passar despercebida. Primeiro, porque os filósofos têm o péssimo vício de inventar e reinventar termos e conceitos, colaborando de maneira exemplar para o surgimento das valências polissêmicas. É o caso da necessidade. Segundo, porque a filosofia se faz e se comporta, não raras as vezes, por uma tal obscuridade, por algo assim eivado de uma certa nebulosidade, pertencente só mesmo aos semideuses, que chegamos a ficar atônitos diante de certas idiossincrasias.Mas ó pequeno homem. “Mas ó micros antropos”. Temamos a tanatos e ao destino. Bem, necessidade é não-contradição. E o que vem a ser contradição? No livro “A filosofia a partir de seus problemas” temos: Uma contradição se produz quando afirmo e nego a mesma coisa, ou seja, digo:“A é não A” (ou, por exemplo: “Chove e não chove”). O princípio da contradição é um princípio da lógica clássica que diz: nada pode ser e não ser ao mesmo tempo e sob a mesma relação (ou: um juízo não pode ser verdadeiro e falso). Algo é possível quando não implica contradição. Algo é impossível quando implica contradição. Algo é necessário quando sua negação é impossível ou implica contradição. E encontramos ainda: “A lógica não faz outra coisa que explicitar a legalidade da Razão; e continua: “os princípios lógicos não são outros que os princípios da Razão pura, sendo o de contradição um dos fundamentais”. Desenvolve-se o raciocínio de tal forma, que chegamos até a acreditar que estamos diante de algo inabalável. Vejamos mais um pouco: “portanto, apoiando-me exclusivamente na razão pura posso fundar o conhecimento necessário do ponto de vista lógico-formal e, em conseqüência, produzir um certo tipo de saber a priori.” Andares e pilastras vão se construindo de tal modo, que nem aludimos a um possível desmoronamento: “se a ciência físico-matemática tem êxito, isto só pode acontecer porque, de algum modo, ela é capaz de um conhecimento necessário que não se baseia na Razão pura”. Retornemos agora à Crítica da Razão Pura, onde Kant é categórico ao afirmar: “ora, é fácil mostrar que no conhecimento humano realmente há tais juízos necessários e em sentido estrito universais por conseguinte puros a priori. Caso se queira um exemplo das ciências, basta olhar ‘todas’as proposições matemáticas; caso se queira um do uso mais comum do entendimento, poderá servir a proposição de que toda mudança tem que ter uma causa...” Para nós basta a seguinte frase: “todas as proposições matemáticas”.Sendo assim e não de outro modo, ou seja, que os juízos sintéticos a priori são juízos necessários e universais; assim, Kant afirma a validade da ciência e por conseguinte de seus dois mais ferrenhos baluartes a matemática e a física. Mas como se fosse um daqueles aviões de 11 de setembro, ou como se fosse ainda uma terceira revolução copernicana; um Copérnico mudando a rota da filosofia e da matemática; ou da filosofia e da lógica. Ou uma e outra. Ou outra, mas não uma. Ou mais: uma, outra e uma; eu arrosto todos aqueles que crêem em tal irrefutabilidade; ou dizendo melhor de outra maneira: que a matemática é necessária. A não ser que houvesse por parte daqueles que propugnam tais assertivas uma contrição imediata. Mas Kant está morto e Königsberg vive ainda tranqüila. Portanto sonegado o indulto. Se fosse de outra maneira e não essa, daria por acabado e jamais explicitaria o raciocínio que agora empreenderei: Sem lhes demonstrar tal como se deu a fórmula que se segue, afirmo que: A x B = C e sua não-contradição se e somente se C : B = A
Para isso, no entanto, valho-me de algumas exemplificações que numa quantidade razoável pretendem esgotar o assunto. Tomemos primeiro, então, o exemplo da validade ou não-contradição, ou como também passo agora a denominar como um tal tipo de paradoxo; mas fiquemos por enquanto com o que se segue: Se tenho: A x B = C e sendo verdade C : B = A . Então poderei aplicar os seguintes raciocínios:
Para: A = 1
B = 2 C = ?
Aplicando as fórmulas :
1 x 2 = 2
sendo verdade e não-contradição
2 : 2 = 1
Para:
A = 4
B = 5
C= ?
Aplicando as fórmulas:
4 x 5 = 20
sendo verdade e não contradição :
20 : 5 = 4
A fim de lhes evitar um certo cansaço e uma incomensurável lista de demonstrações com tais números,- pois creio que não necessitaríamos, pois despenderíamos o nosso sagrado tempo, bem como as páginas que aqui se apresentam, elucubrando sobre uma infinidade de cálculos, que mais se assemelhariam a um Puzzle, onde sempre encontramos uma saída, depois de extenuadas e cansativas tentativas - essa sumarização. Evidente que posso ainda se houver um outro tipo de dúvida demonstrar mais um ou dois raciocínios, mas antes peço-lhes que pratiquem até a sua exaustão e verão que ficarão extenuados e a não-contradição não se dará. Nesse sentido, perguntar-se-á: mas onde erra Kant nisso tudo? Pelo que se determina e embasado sobre esses raciocínios, Kant mantém-se mais ereto do que as duas torres gêmeas, antes mesmo daquele dia fatídico, e repousa solerte e tranqüilo sobre a sua Crítica da Razão Pura. E a matemática por seu turno dorme ainda um sono tranqüilo e abrasador, mostrando e demonstrando as suas verdades aos perscrutadores da Razão pura. Kant, efetivamente, denota uma segurança extremada ao afirmar: “a matemática dá-nos um esplêndido exemplo de quão longe conseguimos chegar no conhecimento a priori independentemente da experiência.” Mas deixa, como se fosse um ato falho, ou , como se fosse um tipo de premonição, escapar sobre a matemática: “o estímulo para ampliar seus conhecimentos é tão grande que só pode ser detido em seu progresso por uma clara contradição em seu caminho”. Antes de tudo, temos que ter bem claro que quando falamos de matemática, falamos no “conjunto das ciências que têm por objeto o número, a quantidade, a extensão e a ordem”. Poderíamos , desse modo, considerar o zero, como um representante de uma dessas quatro categorias? Se, ao menos, uma dessas categorias satisfaz as mínimas condições para se operar uma construção matemática, estamos, então, em condições, sem correr o risco da precipitação, de afirmar que há contradição nas chamadas operações matemáticas e por conseguinte nos juízos sintéticos a priori. Mas não nos precipitemos! Como diz Kant: “a leve pomba, enquanto no livre vôo fende o ar do qual sente a resistência, poderia imaginar-se que seria ainda muito melhor sucedida no espaço sem ar.” E Kant é benévolo, fornecendo-nos esse colchão macio ou esse céu de brigadeiro da Crítica da Razão Pura. Mas isso não nos força a sermos indulgentes com Kant. Não se esqueçam que Kant era um homem. E por isso com suas falhas. Cournot define assim a matemática: “sob o nome coletivo Matemática, designa-se um sistema de conhecimentos científicos, estreitamente ligados uns aos outros, fundados em noções que se encontram em todos os espíritos, todavia sobre verdades rigorosas que a razão é capaz de descobrir sem o socorro da experiência, e que, não obstante, podem sempre confirmar-se pela experiência, nos limites de aproximação que a experiência comporta”. Seria o caso de se perguntar: Qual seria o resultado de duas pêras somadas a duas pêras? E como se daria isso como experiência num mundo de não-pêras? Mas retornemos a Kant outra vez: “antes de tudo precisa-se observar que proposições matemáticas em sentido próprio são ‘sempre’ juízos a priori e não empíricos porque trazem consigo necessidade.” Quando Kant faz a sua crítica ostensiva à Metafísica, não se pode negar, que a faz de modo a ter na Matemática a sua escora, o seu esteio: “que até hoje a metafísica permaneceu numa situação tão vacilante entre incertezas e contradições, deve atribuir-se apenas à causa de não se ter antes deixado vir à mente esse problema e talvez mesmo a diferença entre juízos analíticos e juízos sintéticos.’ Kant, assim, lança mão de sua admoestação à metafísica, sustendo junto à cintura um farnel dadivoso de axiomas matemáticos. Mas esqueceu-se que as guerras são constituídas de inúmeras batalhas e logo no primeiro capítulo sucumbe, como um boxer inexperiente ao levar um ‘jab’ bem colocado. Kant esqueceu-se que quando a matemática fracassa no seu objeto, ela tende a uma certa metafísica, que só pode falar das coisas universais, ou se querem de outro modo, pretender falar. A matemática, nesse sentido estrito, como metafísica. Kant bem que poderia colocar abaixo os alicerces da matemática, relegando-a a uma metafísica menor. Todavia perdeu tal oportunidade. O que agora pretendo encetar é uma discussão sobre a possibilidade do zero como número; do zero como elemento, do zero como quantidade, do zero como extensão, do zero como ordem; do zero como um arcano. Vou colocar algumas perguntas, porque não pretendo exaurir as respostas. Quero antes perguntar. Perguntar de modo a colocar uma certa contradição entre o princípio da identidade; entre a matemática e a Crítica da Razão Pura de Kant; entre Kant e a lógica clássica, enfim: aporias. Se zero não é um tipo de número natural, por que se define como natural? Se zero não é número por que se comporta em certas situações como número? E outra: que espécie é o zero? Que tipo peculiar de número que responde e não responde? Que tipo de elemento esse, que é uma pedra no meio do caminho da matemática e por conseguinte dos juízos sintéticos a priori? Por que não poderíamos falar do zero como falamos do 1, 2, 3, 5,17,10001 etc? É evidente que já aponto para um certo tipo de contradição na matemática. É evidente também que alguém não sairá incólume. A filosofia já se cansou de respostas evasivas; quando há exceções, não se pode outorgar um ‘status quo’ de irrefutabilidade. Onde então se processa a revolução copernicana? Se a matemática não dá conta de um simples ‘conceito”zero? O que se fazer com o zero? Esta é a grande pergunta posta. Quando se afirma e se tem afirmado com uma contumácia extraordinária que 1 x 0 = 0; ou quando ainda se afirma que 2 x 0 = 0; onde buscar os matemáticos e os próprios leigos as suas fundamentações? Não podemos mais responder: é porque é! Assim fez e faz a metafísica que Kant erodiu. A matemática tem de responder e responder certo dentro dos princípios da identidade e da contradição; não podemos mais falar de Kant e da matemática como falamos sobre Tales de Mileto, Nietzsche, Cioran, Schopenhauer... Kant não disse que Deus está morto. Não disse sobre a água. Não disse sobre o ápeiron. Nesse sentido todos esses metafísicos podem falar.
Mas Kant e a matemática não. Kant colocou a matemática num ‘snooker’ de bico. A matemática tem que provar. As bases dos juízos sintéticos a priori esboroariam sem a matemática. Uma contradição e tudo a perder. Kant mesmo alertou. Restam os princípios da causalidade. Mas essa é outra conversa.
DO PRINCÍPIO DA IDENTIDADE
O princípio da identidade diz por exemplo: a = a ; se concordamos com isso, poderemos então a partir do princípio da identidade fazer algumas considerações: Se digo: 1=1 tenho um princípio de identidade; se digo 2 = 2 tenho outro princípio de identidade; posso seguir indefinidamente; mais um pouco: 3 = 3 ; 4 = 4; 0 = 0; 10=10...agora se digo que todo elemento dividido pela sua própria identidade resulta 1; ou esse princípio está correto ou incorre em erro crasso. Vamos tomar alguns exemplos particulares: A/A = 1 B/B = 1 5/5 = 1 6/6 =1
121/121 =1; percebe-se que trabalhamos com números e o que denomino de não-números ou elementos para facilitar o nosso raciocínio.
Intentemos agora um outro elemento ou número: vamos denominá-lo de zero. 0/0 = 1 pelo modelo, poderíamos inferir que
0/0 = 1 mas como? A matemática até hoje não trabalhou assim?
Então cabe pensar esse paradoxo proveniente do princípio da identidade. Vamos facilitar a visualização dessa frase matemática:
0 : 0 =1.
PARADOXO DO ZERO
A x B = C
se e somente se
C : B = A
chamaremos de A o primeiro elemento da multiplicação; chamaremos de B o segundo elemento da multiplicação; chamaremos de C o produto de A x B ou terceiro elemento da multiplicação; o segundo elemento B se soma na condição de A resultando C;
Exemplo:
A = 5
B = 6
C = ?
Aplicando a fórmula:
A x B = C
5 x 6 = 30
Para a não-contradição:
C : B = A
30 : 6 = 5.
Conclui-se que não há contradição.
Vamos agora para o número , elemento ou o conceito zero:
A = 1
B = 0
C = ?
Aplicando a fórmula:
1 x 0 = 0
porque B somado na condição A resulta zero e só seria verdade se
0 : 0 = 1.
No que se comprova no princípio da identidade que
0 : 0 = 1
Logo não havendo contradição e Kant respirando aliviado.
Mas para Kant sair da UTI, seria necessária uma revolução cabal na matemática. Estamos numa aporia entre Kant e a matemática. Justamente ambos que tinham um enlace quase que perfeito.
Salvando a matemática; Kant estaria errado?
Porque se 1 x 0 = 0 e todos concordam nesse ponto, só seria verdade se
0 : 0 = 1.
Vamos chamá-lo então de primeiro paradoxo?
E quanto ao princípio da identidade?
Salvar então a matemática?
Kant e o princípio da identidade esboroando-se?
Kant e o princípio da identidade certos e a matemática desmoronando como uma das torres gêmeas?
Optemos por salvar Kant então?
Todo filósofo sensato deveria fazê-lo?
Kant agora com a lógica não mais com a matemática?
Então a matemática sucumbiu e
0 : 0 =1
sendo verdade e não contradição
1 x 0 = 0 ?
São possíveis juízos sintéticos a priori na ciência, notadamente na matemática ?
À filosofia sempre couberam certos questionamentos acerca disso, isso e aquilo. Notadamente a partir dos seus problemas. Para respondê-los...só um filósofo poderá fazê-lo?
Mas Kant, lembra Goethe no seu estertor:
“Luz, mais luz!”
É o que os filósofos sensatos deveriam trazer.
Mas Kant agoniza no alvorecer desse século obscuro.
Todos os direitos para Wilson Luques Costa
SP/04/04/2003
Registro na Biblioteca Nacional.

princípio da identidade negativa

se a = a
então a - a = 0
então -a = -a

----- Original Message -----
From: Olavo de Carvalho
To: wilsonluques@ig.com.br
Sent: Saturday, April 05, 2003 7:58 PM
Subject: Re: Texto
Prezado amigo,
Acho os seus estudos interessantes e valiosos, mas, no meio da confusão em
que me encontro (v. artigo de hoje no Globo), não me aventuro a examiná-los
como merecem. Aguarde mais um tempo, OK?
Um abraço do
Olavo de Carvalho

Caro Wilson,
Embora os meus parcos conhecimentos de matemática não me permitam acompanhar inteiramente os seus argumentos, achei muito intrigantes e originais as suas ponderações sobre o princípio de identidade e o paradoxo do zero. Torço para que você aprofunde e torne cada vez mais claras as suas intuições.
Um grande abraço,
Antonio Cicero
A INTUIÇÃO E A SUA RELAÇÃO COM O SILOGISMO CLÁSSICO
Imaginemos que você está dirigindo um carro e de repente se depara com uma viela escura e numa fração de segundos a sua intuição o faz retornar e não seguir adiante. Esse seria um caso, a meu ver, de intuição. E suponha agora que aquele lugar era realmente perigoso. Pronto, a sua intuição o salvou. Nesse caso, julgo que a sua intuição não passou de um silogismo clássico que celeremente foi mediado pela sua mente. Pois vejamos para a primeira premissa: Todo lugar escuro é perigoso -- para a segunda premissa: Aqui é um lugar escuro, portanto aqui é um lugar perigoso.
28/08/2007
ESTUDOS PARTICULARES SOBRE A VONTADE DA CAUSA EFICIENTE

Não quero tomar aqui o sentido estrito de pragmatismo que via de regra é confundido com intencionalidades particulares de interesses, quando não de interesses de grupos também. Sendo verdade, portanto, aquilo que é útil, mas não no sentido geral – mas útil aos esotéricos pragmatistas com seus téloi políticos. Mas queria aqui raciocinar, e não saberia usar uma palavra para substituir a própria palavra pragmatismo, senão pragmatismo mesmo. Então vejamos: será que todo nosso escopo filosófico - e aqui estou falando tão somente da teoria do conhecimento - não teria de per si a vontade de conhecer com uma vontade prática? Uma colher serve para quê? Muitos dirão, talvez, que serve para tomar algum líquido, algum remédio, raspar o tacho de um arroz etc...Ou seja: teria numa relação de respostas numa certa hierarquia culminando até na sua total inutilidade. Mas por que respondemos que a colher serve para essas coisas? Resposta: porque provavelmente tivemos uma relação prática ou de utilidade com ela, como seres cognoscentes do objeto colher. Todavia, se também perguntarmos ao fazedor da colher sobre os téloi da colher, obteremos provavelmente quase que a mesma hierarquia de respostas – obviamente não como arroladas aqui – mas quase numa perfeita conjunção e intersecção entre sujeito, objeto e causa eficiente. Posto que a verdade, nesse sentido, está estabelecida pela sua primeiridade ou ousía primeira. De modo que ter relação de conhecimento com objetos em que a sua causa eficiente está aí para ratificar não seria de todo um problema quanto à obtenção de sua verdade. É mais óbvio ainda que poderíamos nos dispor a elucubrar sobre a colher naquilo que ela tem de especificidade e de sutilezas, sobre a sua forma etc. Mas estaríamos, não obstante ou apesar disso, negando a sua intenção de ser colher. Posto que se trata de uma causa final ou vontade da causa eficiente. Já problemas conceituais e metafísicos como Deus, alma, etc tornar-se-iam um pouco mais difíceis de se resolver. Portanto, dentre desse escopo e dessa lógica, tudo que há, há pela razão da causa suficiente. Mas qual seria a causa eficiente então de Deus? Nesse sentido teríamos, então, que dizer que o problema não só passa pelo sujeito cognoscente nem somente pelo objeto em si, mas pela vontade da causa eficiente de Deus, que nesse caso poderia ser Deus-mesmo e a sua vontade de ser causa, forma, matéria e fim de si mesmo. Posto que quando perguntamos por Deus, como seres cognoscentes, sabemos - mesmo que intuitivamente e seriam nesse sentido vários saberes distintos – por qual Deus perguntamos, senão não perguntaríamos sobre Deus. Ainda, nesse sentido, queremos explanar que o problema deixa de ser um problema dicotômico entre sujeito e objeto, podendo sem dúvida também estar presente em ambos, mas o objeto só terá a verdade em si, e o mesmo ocorrendo com o sujeito, quando tivermos o devido conhecimento da vontade de sua causa eficiente. Ou seja, para resumir, a verdade está na vontade da causa eficiente, podendo estar no objeto e no sujeito também. Já no caso do primeiro motor de Aristóteles, eu diria que a vontade se encerra em si mesma. Mas a pergunta ainda é: se todos tivéssemos um dia o pleno e verdadeiro conhecimento de Deus, será que nesse mesmo dia não O utilizaríamos para as nossas não menos particulares verdades? A verdade que queremos conhecer para melhor usá-la e dela nos atribuirmos? Se, ainda, porém, não temos a verdade primordial, assim vivendo vamos com as nossas particularidades de verdades. Sendo o nosso propósito uma segunda causa eficiente de uma primeira vontade ainda desconhecida. Mas não é por isso que eu chamaria isso de pragmatismo, mas de solução particular e momentânea de um problema, não menos ainda que particular. E sabendo-nos sabedores da verdade-primeira da causa eficiente, quem nos garantiria, também, que não a usaríamos em nossas particulares e secundárias intenções, só para o mero pretexto de nos ajudar a nos justificar em nossos particulares intentos?

WILSON LUQUES COSTA
Sem revisão final.
SÃO PAULO, 31 DE JULHO DE 2007.
HOMO PLURALIS
‘Logo... logo... estaremos ouvindo um jazz de Derrida ou um bolero de Ricoeur.´

Há muita discussão acerca da técnica – sobre os seus benefícios e malefícios. A filosofia contemporânea é testemunha disso. Se escrever é uma técnica, antes de ser um registro, ou - como querem alguns, uma expansão da memória, o certo é que o Homo pluralis (coetâneo dessas tão variadas formas de técnicas) caracterizou-se pelo pleno domínio das mesmas, querendo se apoderar ou esvaziar também outras formas de possibilidade. O Homo pluralis, de forma sumária, é o epítome desse domínio da técnica, a técnica como destruição exemplar (de apoderamento.) É impossível para o Homo pluralis o não domínio de quaisquer técnicas que sejam. E sob o Homo pluralis, subjaz uma outra categoria, que seria denominada de Homo pluralis artium. O Homo pluralis artium aponta os seus cinco sentidos, e, por que não dizer, o seu sexto sentido - porque está sempre à espreita – para a música, para a poesia, para a pintura e para toda forma de literatura. Onde possa emergir um pensamento, o Homo pluralis artium tenta lançar a sua canga. Não que isso fosse pernicioso em sua tentativa. É de pleno direito do Homo pluralis exercer o seu livre arbítrio. Mas o Homo pluralis, às vezes, ultrapassa os limites de sua capacidade. Porque quanto mais toca, mais pinta; porque quanto mais pinta, mais escreve; porque quanto mais escreve, mais se perde em seu livre arbítrio, tangenciando por vezes um livre arbítrio mais meticuloso. O Homo pluralis parece-se, por vezes, com um rei tântalo afoito, que se livrou das duras algemas dos tártaros, impostas por júpiter, o pai e o soberano dos deuses. Esse rei tântalo liberto e libertino, perdido, agora precisa devorar tudo que se lhe apresenta e o que não se lhe apresenta também. Não lhe apraz o acoitamento reflexivo de um Epimênides cretense. Não, ele quer mostrar as suas artes, os seus manejos: ars artibus tão somente. O Homo pluralis artium assemelha-se mais a um autonarciso, que confunde e se confunde num lago poluído de escrituras e de suportes mal-acondicionados. O Homo pluralis contamina o jardim de adônis de Platão, plantando sementes em demasia. O Homo pluralis distorce o enunciado de amor fati de Nietzsche, ou não compreende deveras. Mas se é na minudência que encontraremos o nosso centro, forçoso será, pois, engendrar um Homo minimus? Será que na minudência que encontraremos o nosso centro, o nosso ponto arquimédico? Será mister, de vez, restabelecer esse velho embate: Homo pluralis versus Homo minimus? Antes de ser um neo-renascentista o Homo pluralis faz morrer toda tentativa de renascimento. Mais uma vez: o Homo pluralis antes confunde do que ilumina. Vivemos na verdade numa era trevas. São Paulo, 01/06/2005.
Eu defendo a idéia de que, ao contrário de Einstein, o tempo cede quanto mais o ´objeto´, e para o caso pode ser o homem ou qualquer outro objeto, se movimenta. E movimento pode ser interpretado como parado também. Porque no mundo pós-moderno é o tempo pós-moderno que cede, podendo haver a concomitância de ambos. Eu já escrevi isso nos blogs, já encaminhei e-mails para algumas pessoas, no fito de guardar essas minhas idéias. Não sei o que pode ocorrer no ´mundo subatômico´, mas no mundo que denominei de mundo pós-moderno, diferencio tempo universal (u), de tempo pós-moderno (h). Ou seja, o tempo universal seria uma paralela constante ao espaço (s), o tempo em função do objeto seria o cateto oposto, e o cateto adjacente seria o espaço (s), no qual o objeto se deslocaria ou não (necessariamente). E formando esse gráfico - tendo a hipotenusa como demarcadora do tempo - demonstro como o tempo cede na medida que se avança no espaço (s) -- e que se fosse possível o contrário, o tempo também deixaria de ceder.
PÉROLAS AOS PORCOS
A TEORIA DO SOL (X) - Se se considerar a elipse como um tipo de movimento dos planetas solares; e se entendermos os conceitos matemáticos para elipse, nos quais está contemplada a idéia de dois pontos focais; então precisaríamos admitir a idéia conceitual de sol (x). Esse sol (x) pode ser simplesmente uma demarcação conceitual, ou pode também pela experiência ser localizado em algum momento futuro ou não. A idéia, por ora, de sol (x) apenas vem com o intuito de blindar o conceito matemático, e - por conseguinte - teórico de elipse. Escrito por wilson luques costa às 11h09[(0) Comente] [envie esta mensagem] []
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06/12/2008
PÉROLAS AOS PORCOS
Eu tenho algumas teorias que pela minha não especialização não darão em nada, até que ´algum aventureiro lance mão´como dizia o nosso Chico Buarque de Holanda. E como eu não pretendo escrever nenhum livro sobre isso, e como também é final de ano, eu faço aqui algumas reconsiderações acerca de -- para ficarmos mais próximos do linguajar acadêmico. O outro motivo, é fazer um epítome, o qual possam todos compreender:
PARADOXO DO ZERO: aponto os problemas que se apresentam, quando trabalhamos com o zero, pois o zero é considerado também um número natural. O que fiz é uma platitude: a x b = c sse c : b = a. Percebam que se alocarem o zero dará problema. Problema para a aritmética, portanto problema para a chamada matemática, portanto, problema para o chamado Princípio da Identidade, pois perde o seu status de universalidade.
PRINCÍPIO DA IDENTIDADE NEGATIVA: advogo que se há um princípio da identidade, haverá também um princípio da identidade negativa, conceito esse primeiramente cunhado por mim. Como o princípio da identidade coloca-se simplesmente, podemos, também, portanto colocarmos o princípio da identidade negativa; ou derivarmos assim: se a = a então a - a = 0 portanto -a = -a.
TEMPO PÓS-MODERNO OU CLINÂMEN DO TEMPO UNIVERSAL: defendo a teoria e demonstro através de um triângulo retângulo que o tempo cede, à medida que ocorre um deslocamento real ou imaginário no espaço, tendendo ao ponto-limite no tempo. Portanto, a hipotenusa seria a representação desse tempo pós-moderno em relação ao tempo universal.
# Tenho as críticas que faço ao conceito de razão em Descartes, demonstrando logicamente o seu embaraço; tenho também a teoria sobre o nêutron. Aliás, tudo registrado aqui nesse blog, bem como nos seus devidos órgão competentes.
07/12/2008
Wednesday, September 06, 2006

Hoje, de manhã, no mosteiro de São Bento, assisti a uma palestra do professor emérito da USP Arthur Giannotti. Falou sobre o segundo Wittgenstein. Num primeiro momento, pensei que estaria o auditório superlotado. Ledo engano e bom engano. Mais os alunos e os professores, bem como alguns beneditinos. Fui um dos primeiros a chegar. Sentei lá e fiquei esperando a fala. Aliás a primeira a que assisto do professor. E gostei. É óbvio que numa palestra, você não pode estar interferindo. Então você vai ouvindo toda a amarração. Passa pela lógica, mas com o pouco cabedal que me resta deu para acompanhar. Algumas coisas achei meio atiradas ao léu. Mas achei que é mais para puxar o fio da meada. Se eu tivesse uma intmidade de boteco com o senhor e professor Giannotti, eu iria lhe colocar alguns parênteses. Sobretudo quando fez aquilo que ele chama e o Witt também de Bildung ou representação. Faz um paralelo com uma coisa nossa cotidiana do metrô, com as suas estações. Mas como foi oral, perdi-me e perdeu-se também. Mas julguei mais uma ponte desconexa. Mas no fim abriu para alguns questionamentos. Mas antes, havia falado da linguagem como jogo. Das regras. E foi aí que saquei uma simples pergunta, que no final lhe coloquei. Se todo jogo tem regras. E se bem entendi as regras de seu jogo ali, eu colocava a seguinte questão: Senhor Giannotti, se o universo é um jogo, e se jogamos com o universo, não seria possível nesse caso estabelecermos as regras do jogo, posto que não fomos nós que criamos esse jogo. Mais: se existe um jogo, e se jogo só é jogo se tem regras, quem nos daria as diretrizes e as mesmas regras desse jogo? Se existe um Deus dono desse jogo, então haveria que haver uma epifania desse Deus. Foi mais ou menos assim... Aliás, é muito muito mais complexa...Não foi bem assim também, foi mais sumarizada... Depois vim elucubrando mais no metrô e um garoto bisbilhotando as minhas anotações... Outra coisa: será que Deus quer que conheçamos as regras desse jogo? Mais: isso não colocaria a ciência numa impossiblidade como ciência ou numa outra impossiblidade ou contradição de métodos? Por quê? Porque se a ciência não conhecer as regras do jogo, o jogo não poderá ser jogado pela ciência. Porque, salta no escuro, esquece o seu método, para ir para o aleatório encontrar as regras arcanas do cosmos, como um saltimbanco perdido. E mais e mais... Giannotti respondeu-me muito educadamente sobre as várias linguagens do cosmos. Agradeci. Mas vim com muitos questionamentos acerca... Alías, quando iniciei a minha pergunta, falei-lhe que tinha uma dúvida comigo. E ele perguntou-me: só uma? E não é que ele estava correto? Claro que com as minhas quantidades de dúvidas... Será que Deus joga mesmo dados com o universo, e nós não fomos convidados? E sobre as várias linguagens... Poderiam ser um dia unificadas? Evidentemente que não falo de esperanto; melhor, falo de um esperanto cósmico, divino... E tenho dito...
COM A PERMISSÃO DE PALINHO VIDEIRA

´Todo o começo literário é sempre difícil e trabalhoso, por isso talvez, eu não tenha vastos conhecimentos sobre a literatura, meus livros preferidos, sempre foram os de história e os de filosofia e para relaxar, livros de teologia e de esoterismo ocultista, como por exemplo os manuscritos do mar morto e os apócrifos, os manuscritos de NaggiHammad, o evangelho de Judas e outros tantos textos do gnosticismo copta, como a Pistis Sofia, o livro da fiel sabedoria divina, os propósitos de minhas leituras são meras tentativas de se alcançar algo transcendente as normas acadêmicas vigentes, nunca fui um bom "problematizador" filosófico, sempre me fiz prisioneiro dos meus achismos e crenças pessoais, mas que não refletem qualquer ligação com as instituições de plantão, sejam milenares e ou, centenárias, sempre tive problemas com grandes romances, confesso, que me tornei leitor apenas de Machado, Augusto dos Anjos, e outros renegados, leio textos de jornalistas polêmicos, como o sr Olavo de Carvalho e Arnaldo Jabour, mas tenho grande apreço pelos trabalhos literários e filosóficos deste cara, o Wilson Luques Costa com os seus contos em dois livros legais; Contos de Arrabalde e Os granizos dos Deuses simplesmente paradoxais e surpreendentes, fora, suas teorias filosóficas arrebatadoras em direção contrária as da Academia, tão afirmadora dos Eurocentrismos e Americanismos, uma vivacidade muito expressiva e isto causa medo dele( o Wilson é Filósofo)...
Postado por Paulo Evaristo Videira de Lima às 15:39
Ontem, andei lendo trechos de Verdade Tropical de Caetano Veloso. É um livro muito gostoso de se ler. Através de suas memórias, Caetano passa praticamente pela cultura hodierna num arrazoado bastante peculiar. Não sei como Caetano compôs o livro, não sei se utilizou de pesquisa ou não; mas nos passa um pouco do ar de sua cultura. No livro, há um ídice onomástico bastante interessante. Ou Caetano é essa pluralidade de cultura, ou possui um fichamento bastante razoável em sua memória, o que não deixa de sofrer também panegíricos. Ele passa pela música, poesia, filosofia, Gil, Gal, Capinam, Zé Celso, Antonio Cicero -- fazendo um comentário auspicioso sobre o seu livro O mundo desde o fim -- que ontem retirei pela undécima vez da minha parca biblioteca para poder comprrendê-lo. Aliás, o livro está no meu twinguinho, e logo mais irei lê-lo de novo. Agora de manhã já li um pequeno trecho. Ontem li sobre a apócrise e tentei fazer algumas anotações. Como eu já havia dito antes aqui nesse blog: o livro faz uso de citações em grego, latim, alemão etc. Eu tenho muita dificuldade em entender aquele jogo apocrítico do AC -- eu tento sempre resumir, deixar a coisa intrincada no osso -- e penso que há um certo gioco sofismático. Não quero ter a pretensão de lhe fazer uma crítica gratuita, mas vou tentar demonstrar aqui nesse blog certas inconsistências -- sobretudo no que concerne à necessidade e universalidade explicitadas. Eu tenho cá para mim, que filosofia pode ser bem simples. Vou novamente postar aqui o que digo sobre O PARADOXO DO ZERO (TEXTO JÁ PUBLICADO ALGUMAS VEZES NESSE BLOG) -- e vocês irão compreender tal qual uma criança. Se puderem, leiam também O MUNDO DESDE O FIM e depois me digam. Aliás, eu quando encaminhei o texto ao Antonio Cicero, ele mui gentilmente respondeu-me que o achava intrigante e original -- todavia lhe pedi que fizesse uma crítica mais profunda, mas ele nem me respondeu. Mas eu não ligo não. Eu só estou citando por citar. No Brasil se presta um grande desserviço à filosofia, literatura em geral, quando se privilegia mais o agente do que a ação -- graças talvez ao narcisismo e/ou orgulho tosco das pessoas. Eu só sei que se você gosta de filosofia -- você não poderá olvidar o que digo sobre aquilo que denomino de O PARADOXO DO ZERO, porque poderá correr o risco de ser taxado de, digamos assim, não de extemporãneo; mas sim de obsoleto. E tenho dito!
De qualquer maneira, vão aí mais uma vez os meus agradecimentos aos que me responderam, incluisve o próprio Antonio Cicero que eu, mesmo assim, admiro. Joguemos, por favor, nossas máscaras fora!

PREZADO ANTONIO CICERO, Espero que tenha recebido o meu e-mail. Mas como nunca sabemos se o e-mail chegou ou não, encaminho-lhe algumas referências que guardo com muito carinho. Não me importam os posicionamentos políticos de cada um, mas sim no que toca a discussão filosófica. Sei que você é extremamente ocupado. Mas espero que os guarde para uma possível consideração. QUE VOCÊ TENHA UM MARAVILHOSO 2009.WILSON LUQUES COSTA
... Wilson, lembro-me de você, do seu inegável talento para a poesia e de sua(sic) especulações acerca de algum paradoxo lógico-matemático -- o que era exatamente, não me lembro mais... Terminei o mestrado na PUC, onde fomos colegas, no ano passado. Considero o Olavo e o Cicero dois pensadores sérios e criativos. Se eles acham o seu trabalho interessante, é porque algum valor deve ter...
Boa sorte! Abraço do Edson Gil Prezado amigo,
Tenho a maior apreciação pelos seus estudos, e gostaria de ajudá-lo no que fosse possível...
Um abraço do
Olavo de Carvalho
Caro Wilson, Embora os meus parcos conhecimentos de matemática não me permitam acompanhar inteiramente os seus argumentos, achei muito intrigantes e originais as suas ponderações sobre o princípio de identidade e o paradoxo do zero. Torço para que você aprofunde e torne cada vez mais claras as suas intuições. Um grande abraço,Antonio Cicero
Com a permissão do grande sábio Wilson Luques Costa. Nunca tive o menor respeito para com intelecuais. Na verdade sempre os desprezei. Minhas discussões com os USPianos que conheci, terminam sempre de maneira abrupta, onde volta e e meia eu os mando enfiar a arrogância deles no cu. Tudo o que eles tanto enaltecem em si próprios na verdade pertencem não a eles. Mas sim a Nietzsche, Kant, Karl... enfim, a pensadores do passado. Todos mortos.Não que eu não goste dos mortos. Pelo contrário.Por muito tempo, eu só conversei de verdade com eles...Os USPianos ainda não se deram conta de que o que eles tanto prezam, pode ser conseguido por um mané como eu pelo custo de 3,00$ de multa na biblioteca municipal de Sto. André. Ou na biblioteca Vegueiro. Cada uma com seu charme.E qual a minha surpresa, quando encontro alguém, com o mesmo desprezo pela universidade quanto eu. E ainda por cima, um filósofo.A mim, ele apresentou o que ele mesmo batizou (!!!) de Paradoxo do Zero. Um sistema lógico que não faz nada além de derrubar toda a matemática de Peano. Só isso.Na verdade, eu incluiria aí também entre os derrubados, Gödel, Russel, Poincaré, Cantor, os Bourbakis... e mais um sem número de matemáticos e lógicos que constroem axiomas e proposições considerando o zero.A quem interessar o pensamento de um livre pensador por excelência, visite o Jardim de Adônis. Não vão se arrepender.ruminado por raffa vedder às 11:31 AM----- Original Message -----

From: Olavo de Carvalho To: wilsonluques@ig.com.br Sent: Saturday, April 05, 2003 7:58 PMSubject: Re: Texto
Prezado amigo,
Acho os seus estudos interessantes e valiosos, mas, no meio da confusão emque me encontro (v. artigo de hoje no Globo), não me aventuro a examiná-loscomo merecem. Aguarde mais um tempo, OK?
Um abraço do Olavo de Carvalho
From: "Olavo de Carvalho" To: "Wilson Luques Costa" Subject: Re: ensaioDate: Sun, 21 Sep 2003 04:48:26 -0300Prezado Wilson,...Você tem mesmo interesse em divulgar mais o seu trabalho? Posso transcrevê-lo na minha homepage, se você quiser....Não tive tempo de redigir os comentários que gostaria de fazer, mas acho que um bom resumo é o seguinte: Os princípios da dedução lógica, em si mesmos, só se aplicam ao domínio das essências puras, no sentido husserliano. Sua aplicação a qualquer domínio em particular (a qualquer "matéria", diria Aristóteles) requer o acréscimo dos princípios específicos desse domínio, com todas as precauções categoriais correspondentes. Ora, a quantidade é um domínio em particular, e portanto as regras da aritmética só equivalem indiretamente e imperfeitamente às da lógica geral. Daí os paradoxos que você tão certeiramente assinala.Um abraço do Olavo de Carvalho
ESSA SERIA UMA MINUTA DE APOIO PARA A PALESTRA PROFERIDA EM 17.04.2004, NO UNICENTRO BELAS ARTES. MAS CREIO QUE O QUE EU DISSE PASSOU MAIS UMA VEZ DESPERCEBIDO.

Para iniciarmos, cabe uma pergunta, sem a qual e sem uma resposta, nada será possível: O que é o Paradoxo do Zero? Começo afirmando que o Paradoxo do Zero é um conceito (Begriff) filosófico, que demonstra a possível contradição que se estabelece, quando da aplicação da seguinte fórmula, tendo o número zero como agente e paciente na operação: A X B = C se e somente se C : B = A Antes de tudo, é preciso explicar que tal fórmula foi devidamente derivada. Entretanto, gostaria de estar apresentando essas derivações, num outro possível registro. Aí sim, poderei demonstrar passo a passo. É forçoso afirmar ainda que a palavra na sua acepção grega (paradoxo) significa inesperado. Isso nos possibilita, de uma certa maneira, evitar os tropeços nos áridos e íngremes campos dos conceitos. Então temos em mente que paradoxo é o inesperado. Então poderemos, a partir de agora, dizer: Paradoxo do Zero e/ou Inesperado do Zero. Claro está que se tomarmos o significado de Paradoxo como Inesperado, nada disso evitará que encontremos contradições no caminho. Depois da conclusão deste pequeno registro, cada qual poderá aceitar o que melhor lhe aprouver:
1 - Inesperado; 2 - Raro; 3 - Chamativo; 4- Incrível; 5 - Etc O que não deixará de ser também cabível. Como não tenho aspiração a colocar verdades inamovíveis, preferi paradoxo à aporia, outra palavra oriunda do grego aporia, que pode significar: Dificuldade; Problema; Situação sem saída; Apuro; Dificuldade insolúvel; Problema de onde não se pode sair; Confrontação sem solução de duas opiniões contrárias. De modo que o tempo, e só o tempo, poderá determinar se se trata de um paradoxo ou de uma aporia ou outra coisa. Então poderíamos também chamar assim: O Embaraço do Zero e/ou O Inesperado do Zero. Como me apraz a sonoridade poética, fico, momentaneamente, com O Paradoxo do Zero. O Paradoxo do Zero insere-se no campo da Filosofia, chamado de Teoria do Conhecimento. A Teoria do Conhecimento é, na maioria das vezes, definida como a investigação acerca das condições do conhecimento verdadeiro. Eis aqui uma das inúmeras definições: 'Teoria do Conhecimento é a reflexão filosófica com o objetivo de investigar as origens, as possibilidades, os fundamentos, a extensão e o valor do conhecimento". Pode ser chamada de Gnosiologia, Epistemologia e Crítica do Conhecimento. Sendo as duas primeiras de origem grega também. Agora vamos ao objeto de nossos estudos: O que, na realidade, quer demonstrar o Paradoxo do Zero? Resposta: São muitos os campos e as implicações; e um dos mais fundamentais é o que se chama de Juízos Sintéticos a priori de Kant. Tudo isso, por afirmar que se tratam de juízos universais e necessários. Ora, se aplicarmos diretamente a fórmula para a operação com o zero, notaremos que a necessidade cede; percebam que necessidade vem do latim: necessarius - que não pode ser cedido; ou num dos conceitos lógicos: não-contradição. No Paradoxo do Zero, fazemos uma leitura de necessário, mais como não-contradição em Kant. Do exposto até aqui, poderemos concluir que a fórmula do Paradoxo do Zero, na certa, estabelece uma das várias contradições na aritmética. A não ser que uma fórmula matemática não seja considerada uma fórmula matemática; mas como, se quando aplicada a alguns números naturais a necessidade não cede? Estaríamos, então nesse caso, numa outra aporia? Então nesse caso seria mais necessário recorrermos à filosofia da linguagem. Que os especialistas me desculpem, mas não digam que eu não pensei uma saída! Como diz um velho brocardo latino: Intelligenti pauca et Gloria victis. Ninguém mandou eu entrar nessa! Mas não se trata, de minha parte, de mais um Casus belli!
Poema lido numa sala de aula de mestrado em língua portuguesa na puc-sp em 2001 - a pedido do professor e do colega Ponte.

gosto da palavra
sopesada.
gosto da palavra
magra, desnatada.
gosto da palavra
dândi, emasculada.
gosto da palavra
doida, estabanada.
gosto da palavra
livre, avoada.
gosto da palavra
nua, desnudada.
gosto da palavra
ausente, não encontrada.
mas o que eu mais gosto
é da palavra que se diz:
palavra-frase;
palavra-poema;
palavra-estampada;
palavra que se apresenta,
que solta seus grilhões,
suas peias,
suas algemas...

sábado, 3 de janeiro de 2009

Yundurá

Yundurá acordou.Não lavou o rosto. Não fez a barba. Não escovou os dentes. Não usou papel higiênico. Não usou sabonete. Não comeu torradas. Não tomou café com leite. Não se despediu da mulher. Não pegou o primeiro ônibus. Não desceu no terceiro ponto. Não chegou atrasado. Não brigou com o patrão. Não bateu o cartão. Não almoçou pão com queijo. Não telefonou. Não bipou. Não deletou. Não entrou numa loja. Não ouviu música. Não comprou mortadela. Não pediu pra fatiar. Não comprou um livro. Não folheou uma revista. Não mexeu com a secretária. Não enviou um fax nem mesmo um e-mail. Não brigou com a mulher. Não repreendeu os filhos. Não bateu o carro. Não escreveu um livro. Não subornou o companheiro. Não jogou lixo na rua. Não brigou no trânsito. Não fez conchavos. Não abraçou o inimigo. Não entrou pra qualquer partido. Não entende de música clássica nem popular ou mesmo sacra. Não votou pra presidente. Não votou pra senador. Desconhece obra-prima. Não tem uma prima chamada Regina, muito menos Madalena, Sílvia ou Isaurinha. Yundurá vive tranquilo em Trobriand - o paraíso perdido - e não quer ser encontrado.
Luz vermelha


-Calma, Felipão! Só vinte minutos...

-Eu amo o Corinthians!

-Por aqui! E não faça barulho!
Décimo andar, por favor! - Ao ascensorista.

-Que golaço do Mirandinha! Corinthians grande sempre altaneiro és no Brasil...

-Silêncio, Felipão!

-Poxa! Eu sou casado com a Maricota há trinta anos!

-Eu quero que se foda! É agora ou nunca!

-Timão! Timão! Timão!...

-E só sessenta e nove?

-Trinco e cinco dólares.

-Dá pra fazer uma couple?

-Não! Só single! Couple, eu cobro sessenta...

-Mas não tá caro, não?

-Então vai com a Luzinete que operou da apendicite!

-Não! Mas eu quero você, meu xuxuzinho!

-Magrão, vamo embora... a minha mulher me mata e...

-Felipão, vê se desliga a porra desse radinho!

-Vai fudê logo ou veio aqui só ensebá?

-Ela é sua amiga?

-É colega de trabalho... tá aqui há uns dois meses.

-Vamo embora, Magrão!

-Felipão, espera aí que eu já volto!

-Eu vou mudar de estação... aqui só dá interferência... já faz quinze minutos e o ...Magrão, aonde cê vai... espera eu também...

-Corre, filho da puta!

-Espera, Magrão!

-Vem, Felipão, Filho da puta!

-Eu amo o Corinthians! Espera que eu não te alcanço!

-Vem logo... é vinte paus, mas dá pra tomá umas ceva lá no China ...

-Não vai dizer que...?

-Porra, Felipão! Pára de fazer perguntas idiotas!

-Ela gemeu?

-Gemeu pra caralho, Felipão! Gemeu pra caralho!

-E a navalha você vai jogar aonde?

-Pára de fazer perguntas, seu idiota!

-Ela morreu, Magrão?

-Eu nem vi... só sei que eu bebi todo o sangue dela!
O POLÍGRAFO
ele escrevia
sobre/tudo/mas não dizia
nada
Luta Sindical

Obviamente que Arthur queria os 45% de aumento propostos pela categoria. Suava um suor torrencial. Carcomido pela faina diária, dormitava vez ou outra ao volante. Pensava também em Isaura - mulata faceira - que àquela hora dormia com Onofre - seu velho parceiro de snooker de Niterói
Friday, November 17, 2006

Amor à primeira vista

- É a primeira vez que você vem aqui?- Não! Eu já vim outras vezes!- Quantos anos você tem?- Vinte e um!- Você dança bem! Você toma uísque?- Não! Prefiro caipirinha!- Até que eu gosto de gafieira....- Vamos parar um pouco...- ................- ................- Sabe que eu nunca tinha saído com uma virgem?- Verdade?- Foi muito bom!- Eu também achei!- São cinco horas da manhã! Nossa! Como o tempo voa!- É!- Você não está com frio?- Não- Então me abraça!- ..............- Olá, Verinha! Continua lá no Gaúcho?- Não! Faz tempo que eu saí de lá!- Por quê?- Por causa da Dorinha.....- Então aquela maldita continua dando as cartas por lá?- É! Sabe como é o Jucão Metranca......- E o camaradinha aí, não segura as suas pontas, não?- Eu!?!!?!?- Não! Ele....- Eu!???.... Você não falou que era virgem?- Vai! me leva pra casa.....- Mas onde você mora,Verinha?- Não precisa ir até a porta, você me deixa na esquina...- É lá que você mora?- .........- Verinha, dá um abração no Gaúcho e nas meninas....- .........- Verinha, esse cara é tira não é?- ............- Verinha, por que você mentiu pra mim? Poxa! eu estava te amando tanto! Eu ia até te apresentar pros meus pais.......- ...........- Verinha, você jura que vai mudar de vida?- ..............!?
Escanhoava o sotolábio e concomitantemente admirava-se no pequeno espelho quebrado. Queria estar bem arrumado. Ignorando os veículos que passavam a duzentos por hora, estava absorto em si mesmo, como se fosse um narciso. Fixava os olhos no espelho alternadamente. Ora o esquerdo ora o direito. As remelas ainda habitavam as suas pálpebras, denunciando que o sono ainda não se ausentara de todo. Estava ainda um pouco sonolento. Mirando-se no espelho, tentava recordar o sonho que tivera há pouco. Sentia os reflexos daquela imagem onírica que lhe fizera tão bem. Ajeitava o cabelo com as mãos, mas o carapinha não lhe obedecia. Mas não ligou... Continuou escanhoando o sotolábio. Divertia-se com a alternância de seu olhar no espelho. Os motoristas que passavam achavam-no exótico... Muitos tiravam as suas conclusões... De costas para o mundo, ele tentava recordar o nome da rainha, que era a sua esposa no sonho. O mundo tirava as suas conclusões, enquanto ele ainda escanhoava o sotolábio e aguardava a primeira esmola do dia.
# com pequenas alterações
O meu amigo indiscreto é um cara chato, falso, arrogante, só pensa em si, não quer dividir as coisas, pensa que sabe tudo, não dá a mínima para os outros, vive fechado no seu quarto, no seu mundinho, não tem sensibilidade com as pessoas, é mandão, orgulhoso, pensa que é a bola da vez, não caiu a sua ficha ainda, não tem humildade, às vezes é humilde demais, pensa que sabe tudo, mas não sabe porra nenhuma, é um chefete de merda esse meu amigo indiscreto... Esse meu amigo indiscreto não sou eu; és tu -- por isso te dou esse espelho de narciso.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

OS LUNFARDOS
no princípio foi Noé com a sua navilouca
tivemos também Jones que quis salvar as Guianas
e mais: Danton, Napoleão, Hitler e Miss Braun - que também intentaram
mas não conseguiram...
fomos salvos e espoliados...
mas não...
não queremos ser mais salvos
pelos lunfardos...
desnudados
doravante
pelas ruas
gritaremos agora: fomos vencidos, mortos e espoliados...
mostraremos sim os nossos bolsos rasgados
vazios
e saqueados...
HERÁCLITO - O ESCRIVÃO
E lá se vão os gladiadores
com as suas valises na mão direita
vão levando muitas ações
muitas ações perniciosas
Há assaltos inimputáveis em Roma - digo -
São Paulo - digo - Rio de Janeiros - digo -
Brasília - digo - Salvador - digo -
DIGO: Não nos banhamos no mesmo rio,
não obstante chafudarmo-nos
na mesma pocilga...
DIGO
O PAI
cortou o sertão o arenoso sertão um saara
esquecido
mas fornido de pedras e lapidares nomes
onde ouviu um tímido baião ou um furtivo jazz
no largo da matriz
veio baldeando por minas espírito santo
rio ...
pensou em retornar à bahia ou seguir para cuiabá...
aqui falou óxente, vigi e também fincou raízes...
quando bebe um conhaque
pensa logo em voltar para a chapada diamantina

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Quem sou eu

Nascido na cidade de São Paulo em 15 de fevereiro de 1960. Formado em Jornalismo (UMC/1983). Professor titular do ensino médio da disciplina de filosofia. Pós-Graduado, em nível de Especialização, em Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes pelo Instituto de Psicologia (USP /2001). Entre os anos de 1999 a 2005, fez extensão universitária dos instrumentais de grego, latim e alemão, cursando também mestrado (sem concluir) em educação e filosofia. Autor de dois livros na literatura, do Ensaio Paradoxo do Zero (Fundação Biblioteca Nacional/2003) e do conceito filosófico O Princípio da Identidade Negativa. É verbete nos livros O Céu Aberto na Terra, Sobre Caminhantes, A vocação Nacional da UBE: 62 ANOS, Revista de arte e literatura Coyote.