quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

07/12/2008
Wednesday, September 06, 2006

Hoje, de manhã, no mosteiro de São Bento, assisti a uma palestra do professor emérito da USP Arthur Giannotti. Falou sobre o segundo Wittgenstein. Num primeiro momento, pensei que estaria o auditório superlotado. Ledo engano e bom engano. Mais os alunos e os professores, bem como alguns beneditinos. Fui um dos primeiros a chegar. Sentei lá e fiquei esperando a fala. Aliás a primeira a que assisto do professor. E gostei. É óbvio que numa palestra, você não pode estar interferindo. Então você vai ouvindo toda a amarração. Passa pela lógica, mas com o pouco cabedal que me resta deu para acompanhar. Algumas coisas achei meio atiradas ao léu. Mas achei que é mais para puxar o fio da meada. Se eu tivesse uma intmidade de boteco com o senhor e professor Giannotti, eu iria lhe colocar alguns parênteses. Sobretudo quando fez aquilo que ele chama e o Witt também de Bildung ou representação. Faz um paralelo com uma coisa nossa cotidiana do metrô, com as suas estações. Mas como foi oral, perdi-me e perdeu-se também. Mas julguei mais uma ponte desconexa. Mas no fim abriu para alguns questionamentos. Mas antes, havia falado da linguagem como jogo. Das regras. E foi aí que saquei uma simples pergunta, que no final lhe coloquei. Se todo jogo tem regras. E se bem entendi as regras de seu jogo ali, eu colocava a seguinte questão: Senhor Giannotti, se o universo é um jogo, e se jogamos com o universo, não seria possível nesse caso estabelecermos as regras do jogo, posto que não fomos nós que criamos esse jogo. Mais: se existe um jogo, e se jogo só é jogo se tem regras, quem nos daria as diretrizes e as mesmas regras desse jogo? Se existe um Deus dono desse jogo, então haveria que haver uma epifania desse Deus. Foi mais ou menos assim... Aliás, é muito muito mais complexa...Não foi bem assim também, foi mais sumarizada... Depois vim elucubrando mais no metrô e um garoto bisbilhotando as minhas anotações... Outra coisa: será que Deus quer que conheçamos as regras desse jogo? Mais: isso não colocaria a ciência numa impossiblidade como ciência ou numa outra impossiblidade ou contradição de métodos? Por quê? Porque se a ciência não conhecer as regras do jogo, o jogo não poderá ser jogado pela ciência. Porque, salta no escuro, esquece o seu método, para ir para o aleatório encontrar as regras arcanas do cosmos, como um saltimbanco perdido. E mais e mais... Giannotti respondeu-me muito educadamente sobre as várias linguagens do cosmos. Agradeci. Mas vim com muitos questionamentos acerca... Alías, quando iniciei a minha pergunta, falei-lhe que tinha uma dúvida comigo. E ele perguntou-me: só uma? E não é que ele estava correto? Claro que com as minhas quantidades de dúvidas... Será que Deus joga mesmo dados com o universo, e nós não fomos convidados? E sobre as várias linguagens... Poderiam ser um dia unificadas? Evidentemente que não falo de esperanto; melhor, falo de um esperanto cósmico, divino... E tenho dito...

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Quem sou eu

Nascido na cidade de São Paulo em 15 de fevereiro de 1960. Formado em Jornalismo (UMC/1983). Professor titular do ensino médio da disciplina de filosofia. Pós-Graduado, em nível de Especialização, em Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes pelo Instituto de Psicologia (USP /2001). Entre os anos de 1999 a 2005, fez extensão universitária dos instrumentais de grego, latim e alemão, cursando também mestrado (sem concluir) em educação e filosofia. Autor de dois livros na literatura, do Ensaio Paradoxo do Zero (Fundação Biblioteca Nacional/2003) e do conceito filosófico O Princípio da Identidade Negativa. É verbete nos livros O Céu Aberto na Terra, Sobre Caminhantes, A vocação Nacional da UBE: 62 ANOS, Revista de arte e literatura Coyote.