terça-feira, 13 de janeiro de 2009

15/05/2008

PEQUENA NOTA SOBRE FICHTE
Vou aqui fazer uma pequena tentativa de diálogo com Fichte. Não tenho o livro em outra língua. Tenho a edição dos Pensadores, e acredito que esteja bem traduzido. Não sei se conseguiria também ler alemão. Acho que não. Nem com um dicionário. Mas vou procurar encontrar o texto. Não vou dizer que comecei a ler o livro em uma forma linear. Não! Li uma pequena introdução. Depois pulei para o que me interessa no momento. Muitos acham Fichte difícil. É difícil para quem não está acostumado com conceitos primários da lógica. Acho até um pouco chato. Há uma diferença entre chato e difícil. Vou direto na página 27 sobre O CONCEITO DA DOUTRINA-DA-CIÊNCIA. Pensei em convidar algumas pessoas para lermos Fichte step by step longe da academia. Mas depois desisti. Fiz uma leitura bem superficial, enquanto assistia à televisão. Antes quero falar que, pelo que me parece, Fichte tenta subsumir a lógica à Doutrina-da-Ciência. Mas vou ler com mais calma e com mais interesse, antes de me aventurar. Por hoje, vou me ater a um recorte da página 27 dos pensadores: ´...A = A é sem dúvida uma proposição logicamente correta e, na medida em que o é, sua significação é a seguinte: se A está posto, então A está posto...´Agora irei saltar para a página 44 dos pensadores;´1) A proposição A é A (tanto quanto A = A , pois essa é a siginificação da cópula lógica) é aceita por todos e aliás, sem a mínima hesitação; é reconhecida como plenamente certa e estipulada. Se porém alguém exigisse uma prova dela, ninguém se aplicaria a uma tal prova, e sim afirmaria que essa proposição é certa, pura e simplesmente, isto é, sem nenhum outro fundamento; e ao fazê-lo, sem dúvida com assentimento geral, está conferindo a si a faculdade de pôr algo pura e simplesmente.´ Faço notar que coloco o Paradoxo do Zero em colisão ao que diz Fichte acima. Noto que se se fizer a ressalva no PI, por conta da insuficiência da aritmética em justificar por que 1 x 0 = 0 --- Fichte estará em xeque em sua argumentação e todo o sistema superveniente fadado ao fracasso. Já fiz aqui também nesse blogue a distinção que penso existir entre A = A e A é A. Por ora não me estenderei mas vejo fissuras alarmantes na sistematização de sua Doutrina-da-Ciência. Como digo: O PZ é um problema em si e tangencia outros sistemas. É, na verdade, como em belo jogo de xadrez. E eu que jamais joguei xadrez nem coloquei um rei ou´ma rainha em aporia.
posted by wilson luques costa @ 3:55 AM
Tuesday, January 23, 2007

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Quem sou eu

Nascido na cidade de São Paulo em 15 de fevereiro de 1960. Formado em Jornalismo (UMC/1983). Professor titular do ensino médio da disciplina de filosofia. Pós-Graduado, em nível de Especialização, em Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes pelo Instituto de Psicologia (USP /2001). Entre os anos de 1999 a 2005, fez extensão universitária dos instrumentais de grego, latim e alemão, cursando também mestrado (sem concluir) em educação e filosofia. Autor de dois livros na literatura, do Ensaio Paradoxo do Zero (Fundação Biblioteca Nacional/2003) e do conceito filosófico O Princípio da Identidade Negativa. É verbete nos livros O Céu Aberto na Terra, Sobre Caminhantes, A vocação Nacional da UBE: 62 ANOS, Revista de arte e literatura Coyote.