O METAFÍSICO
Foi no sinaleiro de pedestres que lhe surgiu aquela dúvida metafísica. Como harmonizar aquele paradoxo? Ele que tinha abdicado de toda luminosidade... Agora se encontrava naquele paradoxo. Não sabia muito bem distinguir a luz das trevas. Ambas em excesso seriam perniciosas - diziam. Mas a escuridão absoluta, para ele, não tinha muita justificativa. Vivemos no mundo para brilhar – pensava, contrapondo esse discurso aos arautos da escuridão. Mas lembrou-se da frase de Goethe... Parado no canteiro que separava a rua, da artéria principal da cidade, não percebera que havia ocasionado um congestionamento inexplicável. Os motoristas enfurecidos vociferavam: chamavam-no de imbecil, idiota, louco, desgraçado... A cidade agonizava naquele trânsito caótico. Com a chegada da polícia, foi logo devidamente detido e algemado. Na delegacia, ao escrivão, ele tentava explicar a dúvida sistemática dos paradoxos narcísicos. Boquiabertos, imprecisos, todos procuravam entender a sua explicitação.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
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Quem sou eu
- Wilson Luques Costa
- Nascido na cidade de São Paulo em 15 de fevereiro de 1960. Formado em Jornalismo (UMC/1983). Professor titular do ensino médio da disciplina de filosofia. Pós-Graduado, em nível de Especialização, em Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes pelo Instituto de Psicologia (USP /2001). Entre os anos de 1999 a 2005, fez extensão universitária dos instrumentais de grego, latim e alemão, cursando também mestrado (sem concluir) em educação e filosofia. Autor de dois livros na literatura, do Ensaio Paradoxo do Zero (Fundação Biblioteca Nacional/2003) e do conceito filosófico O Princípio da Identidade Negativa. É verbete nos livros O Céu Aberto na Terra, Sobre Caminhantes, A vocação Nacional da UBE: 62 ANOS, Revista de arte e literatura Coyote.
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